terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Mundo estranho parte IV – Fantasia x Realidade

Semana passada li Crepúsculo, de Stephanie Meyer. Um livro adolescente, é verdade, mas com boas intenções e bem escrito. Detalhes de pensamento e sensações – que estão bem longe do que foi mostrado no filme – permeiam uma história de juramentos eternos de amor. Algo que todos procuram e deveriam ter (o amor). A autora comenta que sempre admirou “a capacidade de alguns escritores de criar situações de fantasias impossíveis e depois acrescentar personagens que são profundamente humanos que suas perspectivas tornam a situação real”.
Mas longe da fantasia, minha semana também foi regada com muitas notícias que em nada combinam com amor. Sem querer fazer defesas e acusações, ontem, a capa da Folha de São Paulo trouxe uma foto sobre os ataques de Israel a Gaza que ficou falando comigo o dia inteiro: uma menina nos braços de alguém chorando. Chorava pelo irmão morto. Dor. Dor pela perda de alguém que amava – um irmão – e, com certeza, por estar vendo tanto sofrimento ao seu redor. É meio óbvio, mas não tenho como não pensar “poderia ser minha filha”. E sendo minha filha ou não, é inadmissível ver uma criança assim. É inadmissível ver uma criança que deveria estar brincando, estar entre destroços de guerra. Crianças sofrendo existem no mundo inteiro. E por razões tão ou piores quanto esta a de Gaza. Aqui mesmo no Brasil podemos listar uma série.
E com a foto falando comigo cheguei à conclusão que o correto seria que tudo fosse apenas uma fantasia de escritora, mas, ao contrário, possui personagens tão verdadeiramente humanos que sua perspectiva parece ser irreal. Não existem vampiros, mas existem homens, mulheres e crianças.


(desculpe Folha e Reuters pela publicação não autorizada, mas tinha que reproduzi-la)

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“A organização não-governamental Save the Children (Salvem as Crianças) advertiu nesta segunda-feira que milhares de crianças e bebês na Faixa de Gaza sofrem sério risco de hipotermia devido à falta de combustível, à necessidade de manter abertas as janelas dos edifícios para evitar o impacto dos vidros, o que torna difícil manter quentes os lares, e os efeitos de uma prolongada desnutrição.
A maioria das casas e hospitais em Gaza, onde as temperaturas à noite estão em torno de zero grau Celsius, não têm eletricidade nem calefação, afirmou a Save the Children. A ONG trabalha na área fornecendo artigos de primeira necessidade a cerca de 6 mil crianças palestinas[...]” – Folha On Line – 05/01/2009 “ONG alerta que crianças podem morrer de frio em Gaza”.

2 comentários:

Gláucia Santinello disse...

É foda.

mas a história de amor entre Bella e Edward, hum... é bela.


beijinhos

Done Zine disse...

Sem dúvida, Gláu! Belíssima.. :)