segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Duran Duran no SWU


Existem dois bons motivos para uma banda chegar aos 30 anos de carreira: um é pelo dinheiro, outro pelo talento que a sustenta até a presente data. O Duran Duran pode ser enquadrado no segundo item – é lógico, que um dinheiro a mais ninguém reclama, não? Mas continuar só por continuar e não ter talento não adiantaria.
O show do Duran Duran no SWU, em Paulínia, em 13 de novembro, provou isso. Em uma das noites menos concorridas do festival de três dias, eles se saíram como uma das melhores atrações fazendo um show respeitável tanto para os saudosos dos hits dos anos 80, quanto para os que nem conheciam nada e estavam lá apenas porque uma vez ouviram dizer que eles eram uma banda legalzinha... “aquela que toca Ordinary World”. Com os sucessos The Reflex, Wild Boys, View To a Kill, Rio, como Notorious ou a atualíssima Girl Panic, os veteranos do mainstream mostraram o que é fazer um bom show.
Simon Le Bon, com um carisma que em meus 26 anos de conhecimento da banda não imaginava que teria, desceu três vezes para interagir com o público, em uma delas para fazer uma garota o apresentar. Brincou, pedindo para ela repetir: “o fantástico, o maravilhoso, o sexy, Simon Le Bon” (rss – não era mentira). John Taylor, com certeza um dos melhores músicos do festival – como apontou Thales de Menezes na Folha de São Paulo –, Nick Rodes, o melhor e mais cool tecladista de todos os tempos, Roger Taylor (sim, ele esteve aqui e, crianças, eu vi!!), reservado e eficiente em sua bateria. E mais: uma equipe de apoio de primeira, que tem o destaque para a back vocals (uma diva! – confesso, por alguns minutos quis ser ela ao vê-la atuar naquele palco). Tudo bem, faltou Andy Taylor... mas o atual guitarrista não deixou a desejar.
Fiquei emocionada. Achava que nunca os veria ao vivo e quando vi, encontrei uma banda grande, fazendo um show simpático e extremamente vibrante a um público que estava muito, muito feliz por estar ali. Parabéns, Duran Duran!
(Obs.: ouvi dizer que o show do Hole, lá no outro palco não foi lá grandes coisas... ufa! Ainda bem que fiz a escolha certa e fiquei com o DD).

Set List DD no SWU

Planet Earth
View to a Kill
All You Need is Now
Safe
Come Undone
The Reflex
Girl Panic!
The Chauffeur
Ordinary World
Notorious
Hungry like the Wolf
Sunrise
Wild Boys
Rio

Sim, faltou Save a Prayer...

sábado, 24 de setembro de 2011

Você sabe o que é o Natal?

Eu tinha 9 ou 10 anos quando escutei Do They Know It´s Christmas?, música gravada em novembro de 1984 pelo projeto Band Aid, de Bob Geldof. A música de Geldof e Midge Ure tornou-se hit no final do ano e chamou a atenção do mundo para os famintos da Etiópia. Em 1985, O Live Aid, um novo projeto do Geldof, rapaz teimoso que sabia o que queria e o que queria era chamar atenção novamente para esse problema perdido no meio do mundo. Um lugar onde não há nenhum interesse político ou financeiro e portanto pra que ajudá-los? Não sei se os esforços foram verdadeiros ou não, se os resultados foram bons ou não.
Mas eu só sei o que sinto e uma situação de 1984, eu então com 9 anos, e hoje 27 anos depois me chamou tão ou mais atenção. Não sei se foi uma febre descomunal do momento, mas vi Live Aid - O Filme, e alguns pontos de vista foram mudados em mim. Um o da figura de Bob Geldof, que sempre me pareceu alguém um tanto quanto maluco ou aproveitador. Não estou aqui para julgá-lo e nem sei se a figura exposta no filme é real. Nele me pareceu um rapaz sensível e obstinado por realizar o que quer. Me pareceu uma criança, mimada às vezes, mas com certa razão de ser. Quando criança a música me chamou atenção, mais pela beleza e pelo que ela despertava em mim do que por sua causa em si. Hoje, adulta, percebo a importância de sua causa, percebo a importância do Live Aid - e rezo para que o festival tenha sido sincero e tenha tido efeito assim como pareceu no filme. Geldolf vai estar aqui perto em breve, em palestra do SWU Music Festival, falando de sustentabilidade. Gostaria de olhar em seus olhos e ver se há sinceridade em tudo isso. Gostaria de perguntar cada detalhe do stress que foi organizar o Live Aid em 1985, como foi a conversa com Paul MacCartney, e se ele achou que seus esforços surtiram o efeito que desejava. Ou pelo menos um pouco. E se pelo menos o pouco foi conquistado, com certeza foi muito para uma terra que nunca teve nada.
Para quem não era nascido em 1984, talvez não entenda o arrepio que dá ao ouvir até hoje Do They Know It´s Christmas. Talvez quem nunca tenha visto crianças famintas morrendo, talvez nunca entenda que alguns esforços são necessários quando precisamos mudar o mundo.

Para entender mais do que estou falando assista a:

http://youtu.be/G18GbIB5AOc

e tente alugar ou baixar Live Aid - O Filme por aí.


It's Christmas time,
there's no need to be afraid.
At christmas time
we let in light and banish shade
And in our world of plenty
we can spread a smile of Joy
Throw your arms around the world
at Christmas time.

But say a prayer,
Pray for the other ones.
At Christmas time it's hard
but when you're having fun...
There's a world outside your window
and it's a world of dread and fear
Where the only water flowing is
the bitter sting of tears
Where the Christmas bells that are ringing
are the clanging chimes of Doom
Well, tonight thank God it's them istead of you.

And there won't be snow in Africa this Christmas time
The greatest gift they'll get this year is life.
Ohh....
Where nothing ever grows
No rain or rivers flow
Do they know it's Christmas time at all?

Here's to you...
Raise a glass for everyone
Here's to them
Underneath that burning sun
Do they know it's Christmas time at all?

Feed the world...
Feed the world...

Feed the world,
Let them know it's Christmas time again.
Feed the world,
Let them know it's Christmas time again.

sábado, 30 de julho de 2011

Lembrança de uma vida perfeita

Essa semana minha amiga de trabalho Karina Pilotto comentou sobre Control e escutamos a versão do The Killers para Shadowplay do Joy Division, e tudo isso me fez lembrar de um texto que escrevi sobre outro filme, tão legal quanto, o 24 Hour Party People, na época de seu lançamento para a terceira edição de meu fanzine Done (ainda em papel em 2002). E mais ainda do texto de meu fiel escudeiro de zine, Rafael Martins, o qual reproduzo abaixo em homenagem a esses momentos nobres de nossa vida e a essa chuva linda que cai lá fora...

Vida perfeita
O recomendado é que durmamos de 8 a 10 horas por dia, mas o que vejo por aí é que a maioria das pessoas vão dormir antes e acordam muito, muito antes do que gostariam. Acordar, na verdade, é modo de dizer, pois passamos a maior parte do dia sonhando. Não necessariamente infelizes com a própria vida, mas de certo modo insatisfeitos, até ligeiramente frustrados.
Pois, onde está aquela vida perfeita por anos idealizada, com a pessoas perfeitas, músicas, filmes, livros perfeitos, empregos perfeitos, roupas, bares, bebidas e drogas perfeitas?
Talvez sonhar demais tire um pouco do brilho da realidade. Mas eu me lembro de pequeno, nos momentos mais difíceis, minha mãe falando de perseverança, determinação, de fé e de quando se quer algo com muita, mas muita força, mesmo que demore, sempre conseguimos. Lembro até de ter ficado com 40º de febre pra ganhar um tanque do “Comandos em Ação”. Será que se olharmos com os olhos bem arregalados não veremos que tudo é fácil quando não construímos nossas próprias barreiras, quando não nos auto-sabotamos?
É... viver de sonho é que traz a tal frustração. Mas sonhar é o primeiro passo. Na edição passada do Done, isso foi bem retratado pelas matérias com o Wry e o Pullovers. E nesta com mais algumas outras.
Mas, enfim, estava eu num sábado de manhã meio nublado como eu gosto, lendo umas letras do Ian Curtis, esperando pelo show do Echo and Bunnymen, tentando aprender a tocar baixo, sempre com Simon Gallup e Petter Hook na cabeça, quando me lembro de um velho amigo (que felizmente ou infelizmente virou pastor Batista) me contando que a mulher perfeita para ele tem que acordar no domingo e, com a mesma intensidade que ele, viajar em New Order.
Mas já é sábado à tarde e está sol e calor, que eu abomino, e eu na casa da Marcinha bolando esta edição. E após me mostrar um trailer de um filme inglês e ler um email de Mário Bross falando de um suposto revival anos 80 e que pela terceira vez escutava Suite Number Five, eu lhe conto a história do tal velho amigo e, com toda a intensidade que ele procurava, ela exclama “que cara lindo!!!!!!” e me fala que para sermos realmente felizes temos que tentar realizar tudo o que sonhamos mesmo que pareça impossível. E eu me lembro do velhinho pintor de ossos de vidro de Amélie Poulain dizendo que “às vezes é preciso mergulhar de cabeça”. Sim, parece banal e todo mundo sabe disso, mas freqüentemente eu esqueço e então eu apenas balanço a cabeça concordando.
Voltamos, então, os dois pra tela de seu computador e pela milésima vez entramos no tal trailer citado acima... 24 Hour Party People... *

Rafael Martins (donezine #3 - 2002)


Por trás da cena
Se você tem sangue quente correndo em suas veias certamente o filme 24 Hour Party People irá fazer você tremer. Ainda não tive a chance de velo inteiro. Mas só o trailer já me fez ter convulsões. Não! Não iguais as de Ian. Aliás, hoje (quando escrevo este texto) é 18 de maio. Aqui está tudo bem e aí?
Voltando a Terra... Trilha sonora perfeita fez os tempos nos 80. Sexo e drogas também. Club noturno. Haçienda é o nome, e por trás dele New Order e Tony Wilson – o homem por trás da cena. No meio deles, Happy Mondays e todo o início da geração ácida. Manchester é a cidade, como eles dizem “a mais vibrante do mundo”. Inglaterra é o país. Onde mais?
É a febre dos anos 80 de volta. Perda de tempo relembrar o passado? Que se dane! Se ele foi bom, que venha novamente e venha grande!!!!! “Here To Stay”.

“Abrimos um clube noturno porque estávamos muito influenciados pelas viagens aos EUA. Queríamos criar um ambiente em Manchester e achamos que um clube noturno era o melhor modo. Queríamos que fosse um bom clube noturno, por isso nos inspiramos em lugares tipo o “The Paradise Garage” e o “Fun House”, Bernard Summer.
“Basicamente abrimos o Haçienda porque não existia lugar para se ir à noite... e também de dia. Era um lugar para se passar o dia”, Peter Hook.

24 Hour Party People - Direção: Michael Winterbottom

Márcia Raele (donezine #3 - 2002)

* Here To Stay -
http://youtu.be/PjwXXCJs7PU

terça-feira, 31 de maio de 2011

Biblioteca Nacional comemora Dia da Imprensa com exposição de fanzines

A data tem origem na criação do Correio Braziliense, o primeiro jornal não oficial, fundado por Hipólito da Costa em 1º de junho de 1808, em Londres, para fugir da censura real à imprensa

Nesta quarta-feira, 1º de junho, o Brasil comemora o Dia da Imprensa. Para celebrar a data, a Biblioteca Nacional preparou a mostra sobre fanzines Os alternativos dos alternativos – da poesia marginal ao anarcopunk. A exposição reúne impressos da Geração Mimeógrafo e panfletos em papel A4 nos quais artistas publicavam suas poesias e textos de protestos. A contracultura e tudo o mais a que as indústrias não davam vazão estarão expostos para relembrar as diversas formas de comunicação, a criatividade e as contestações de várias épocas.
Os periódicos selecionados trazem para as vitrines da Biblioteca Nacional o caráter extremamente artesanal das produçõoes da Geração Mimeógrafo, um movimento poético-cultural ocorrido no Brasil que marcou a década de 1970, com desdobramentos nos anos 1980. O movimento lançou autores da denominada poesia marginal, dando origem a um grupo excluído da lógica do mercado editorial e da indústria cultural, com inspirações no Modernismo, na Tropicália e na contracultura.
Naquela época o mimeógrafo - um tipo de fotocópia em desuso pela atual geração - era a tecnologia a serviço da informação. Com o desenvolvimento dessa prática e o início da chamada arte postal − quando poetas e artistas visuais trocavam e divulgavam suas publicações pelo correio −, nos anos 1980, uma parte dos “mimeógrafos” começou a flertar com uma nova cultura, mais politizada, mas não por isso menos marginalizada: o movimento anarcopunk.
Muitas dessas publicações, na maioria das vezes reproduzidas em máquinas de xerox, passaram também a ser conhecidas como fanzines, quando exploravam, além da poesia e manifestos políticos, quadrinhos e música. Na mostra, serão expostos somente periódicos produzidos em tamanho sulfite A4. A exposição traz poemas de figuras como Geraldo Carneiro, Waly Salomão, Roberto Piva, Chacal, Leila Míccolis, Torquato Neto, José Carlos Capinan e Aricy Curvello – a maior parte da coleção de mimeógrafos poéticos no acervo da Biblioteca Nacional foi doada por este último poeta –; além de mimeógrafos politizados e poéticos do movimento punk.
A mostra fica até o dia 5 de agosto, no 2º andar da Biblioteca Nacional (Av. Rio Branco, s/nº − Centro – Rio de Janeiro), das 10 às 16h. Entrada franca.
(fonte: Fundação Biblioteca Nacional)

sexta-feira, 4 de março de 2011

Entrevista com Ian Mackaye (Fugazi)

Ian Mackaye, na Dischord Records - Foto: Pat Grahm

Download de shows, Facebook, futuro...
Por Márcia Raele

A tão aguardada disponibilidade dos shows do Fugazi para download deve acontecer em breve. Conforme conta o vocalista e guitarrista da banda, Ian Mackaye (que também toca no The Evens com sua esposa Amy Farina), o projeto possui mais de 900 (!!) shows e, devido a esta enorme quantidade de material, o lançamento deva acontecer entre o próximo verão (americano) e o resto deste ano. “Tivemos que converter, masterizar e editar quase 1000 shows!”, enfatiza.
Para saber mais detalhes do projeto, que não está sendo nada barato para concretizá-lo [e por isso, provavelmente, seja cobrado para poder baixá-los], entrevistamos Ian Mackaye via e-mail (uma exceção dada gentilmente por ele, já que não costuma dar entrevistas por este meio).
Mackaye conta aqui como está esse processo, o que pensa sobre o Facebook, download de músicas e sobre a tão especulada volta do Fugazi.

Por que o Fugazi resolveu lançar seus arquivos ao vivo para download via internet?
Temos um grande número de gravações de shows e seria insano fazer cópias de cada um. A internet e o áudio digital tornou isso possível, de uma forma até inimaginável. Conseguimos editar até shows da época em começamos a gravá-los em 1990.

Serão apenas arquivos de vídeo ou de músicas também?
O projeto começará apenas com as performances ao vivo, mas acredito que em algum momento nós teremos que considerar também o lançamento de algumas demos antigas. Vai depender do interesse e reação das pessoas.


Qual sua opinião sobre disponiblizar as músicas para download na internet? E o que você acha sobre o futuro da indústria fonográfica com isso?
No geral eu sou a favor do compartilhamento de arquivos, mas em algum momento as pessoas terão que decidir se eles vão querer ouvir música dessa forma. Se quiserem, então elas terão que estar preparadas para ajudar a dividir os custos de estúdio se quiserem que as bandas continuem/sobrevivam. Elas terão que estar preparados para dividir os custos para a existência de uma banda.

Esta forma de se obter música (download free) causou algum impacto na Dischord Records*?
Acredito que sim, mas sinceramente há muito pouco que possa fazer sobre isso.

E o que você pensa sobre mídias sociais, como Facebook, Twitter, etc. Recentemente você me disse que a comunidade do Fugazi e da Dischord no Facebook, por exemplo, não foi criada por vocês. Você gosta deste tipo de mídia?
Eu não gosto do fato de que se alguém não estiver registrado nesses serviços, ela não terá acesso a certas informações. O fato de eu não ser um membro do Facebook, por exemplo, me faz sentir excluído de uma série de eventos por eu não receber os convites por meio da rede. Algo não está certo nisso.

E sobre o Fugazi? Está ainda totalmente parado ou vocês estão trabalhando em algum projeto especial ou com outras bandas paralelas? [com a notícia do lançamento dos shows do Fugazi para download rolou especulações [esperança] de que o Fugazi voltaria à ativa]
Amy e eu continuamos tocando no The Evens, mas não fizemos nenhuma tour nos últimos anos, porque tivemos um filho em 2008, e logo quando voltaríamos à ativa no verão do ano passado, nós tivemos alguns falecimentos em nossas famílias o que nos manteve em casa. Esperamos começar as viagens novamente este ano. Vamos aguardar... Já o Fugazi continua em seu indefinido hiato, por isso não há como dizer se iremos tocar novamente ou não. Estamos em constante contato. Estive com Brendan ontem à noite, e amanhã [entrevista dada dia 02 de março] estarei com Guy [Picciotto] em uma exibição de Instrument Video aqui DC . Nós continuamos conectados.

*Ian Mackaye fundou a Dischord Records ainda adolescente, em 1980, com o parceiro Jeff Nelson. A intenção original era simplesmente produzir um single para documentar sua primeira banda chamada Teen Idles. Hoje, o selo já lançou músicas de mais de 60 bandas, e mais de 160 álbuns em todos esses anos.



Fugazi Live Series
Enquanto os shows em vídeo ainda não ficam prontos, os fãs podem matar um pouco a vontade via o CD com músicas de shows que o Fugazi fez em diversos países. O material pode ser encontrado no site da Dischord tanto em forma digital como para compra do CD. Tem material de um dos primeiros shows do Fugazi no Brasil, em 1994, em Curitiba (PR).



segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Redes sociais: um mundo real em evolução

Hoje o post não é sobre música, rock e afins. Estar conectado neste universo virtual é extremamente interessante. O fato de que milhões de pessoas acordam e conectam suas mentes/máquinas unindo uma às outras me parece muito mais que uma evolução sistêmica. Alguém pede mais amizades reais e menos virtuais. O real, claro, é sempre melhor. Mas também é interessante o contato, mesmo que mínimo desses virtuais. Sem esse meio não haveria nenhum contato. É estranho falar isso aqui, mas as coisas evouluem de uma forma fora de controle. Acabado de assistir Rede Social (fantástica história) e isso com certeza está influenciando esta escrita. A quem não assistiu, assista!