sábado, 23 de agosto de 2008

Surf music de pegada punk rock do inferno | Show Drakula no Autorock 2008



Texto e fotos Rafael Martins
É fato, o povo queria barulho e isso começou com o quarteto mascarado (na verdade três) do Drakula. De cara já foram quebrando tudo, uma, duas, três, quatro...perdi a conta de quantas músicas foram num fôlego só. O cheiro de enxofre era forte.
Mas não eram apenas as músicas que eram literalmente detonadas, umas atrás das outras. O quarteto mascarado (na verdade três) não parava, e de certa forma criaram uma coreografia: enquanto o guitarrista "El" Lord Ötto Von Ürban dava passinhos para trás, Drakulo, também guitarrista, do outro lado do palco dava seus passinhos para frente, e por sua vez o baixista Don Wlado Gutierrez ficava livre ao centro para fazer o que bem entendesse, já o baterista Lobisomem... bem eu não vi a cara do baterista (embora fosse o único que não usasse máscara). Apenas enxerguei suas mãos agarradas cada uma numa baqueta e espancando tudo que via pela frente, meio que de uma forma desconexa, mas de certo quem estava errado era eu que já não conseguia sincronizar os movimentos com os sons que eram desconjurados através dos auto-falantes.
Uma cena, talvez, atípica para uma banda que produza surf music de pegada punk rock do inferno, seja um garotinho sentado serenamente ao lado de um amplificador de olhos enormes como se fossem faróis, captando imagens como, por exemplo, um ser do quarteto mascarado (na verdade três) de converse no pé tocando teremim. E mais... de trás desse verdadeiro anjinho saía uma fumaça vinda de alguma tumba do Cemitério da Saudade [n.e.: cemitério em Campinas] (não...não era a máquina de fumaça, por favor não insista), trazendo a noite com luzes vermelhas, azuis, verdes, amarelas, toda a droga do arco-íris, refletindo por todos os cantos.
Acho que alguns conseguiram se safar e ver as outras bandas da noite.

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