tag:blogger.com,1999:blog-66745413274990943562024-03-13T03:15:35.869-07:00Done ZineBlog do fanzine Done (editado antes em papel) para falar sobre rocks e rocks... leia!Done Zinehttp://www.blogger.com/profile/01795430017929144775noreply@blogger.comBlogger72125tag:blogger.com,1999:blog-6674541327499094356.post-86742093042588585052015-11-15T16:37:00.000-08:002015-11-19T16:54:24.957-08:00Despedida do Pin Ups: show no Sesc Pompeia e minhas lembranças de juventude<div class="MsoNormal">
Ontem, após o show de despedida dos Pin Ups no Sesc Pompeia
(SP), a Alê me deu um abraço tão gostoso e forte e gritou “Marcinhaaaa!! Você veio! Conseguiu lembrar da sua
juventude?”. Fiquei parada com vergonha de chorar, mas, sim! Lembrei muito! E
para aproveitar esse revival dos mais de 20 anos... e toda essa emoção do show, resolvi colocar aqui na tela alguns momentos que
lembro da minha juventude com eles.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Minha história com o Pin Ups começou no dia 25 pra 26 de
julho de 1992, quando os vi pela primeira vez, tocando com Tube Screamers (o
ex-nome do atual Againe), na Gruta do Rock, em São Vicente. Histórias
maravilhosas desse dia. Mas isso eu já contei
no meu zine (<a href="http://issuu.com/marciaraele/docs/done6" target="_blank">leia aqui</a>) e aqui neste blog (<a href="http://donezine-autorock.blogspot.com.br/2012/05/banda-pin-ups-esta-de-volta_04.html" target="_blank">leia aqui</a>). Mas acho que nunca
contei alguns detalhes, e que acho que merecem espaço. Afinal, eu só escrevo
quando algo muito bom me inspira e esse show de despedida deles merece toda
homenagem do mundo.<o:p></o:p></div>
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<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Nesse dia em que assisti ao show deles em 1992, falei “Para tudo!
Existe um undergound borbulhando de coisas boas e é nele onde eu quero estar!”.
E assim foi... nunca mais saí dele, de ouvir músicas boas e de ir em shows
maravilhosos. Passei a escrever para fanzines, a fazer o meu próprio fanzine e,
lógico, sempre haveria um espaço para comentar algo dos Pin Ups.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Mas passado a euforia inicial... ou melhor... continuando a
euforia inicial, em 1992 eu resolvi entender quem era essa banda. Sempre os
ouvia na 89FM – sim! Tocava Pin Ups na 89FM, na década de 90 - mas não tinha a
menor noção de onde vinham ou para onde
iam. Conheci o disco “Time Will Burn”, fui em mais alguns shows e sabia que o
Marquinhos (o baterista na época) era de Santos e que era o vocalista do Garage
Fuzz, banda de hardcore que tinha integrantes amigos de amigos nossos. Vivíamos em Santos, onde todos
se conhecem. Num show do Pin Ups aqui em Campinas com Ratos de Porão e Muzzarelas,
resolvemos, eu e minhas amigas inseparáveis Dani e Glaucia, dar um pulinho no
camarim. Falamos com Marquinhos, perguntando de Santos, e ele simpático e amigável
trocou algumas palavras conosco. <o:p></o:p><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-1C34-9f0dOM/Vkka41Yq1PI/AAAAAAAAASA/-Rk2JbhI6GE/s1600/DSC_0795.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="180" src="http://4.bp.blogspot.com/-1C34-9f0dOM/Vkka41Yq1PI/AAAAAAAAASA/-Rk2JbhI6GE/s320/DSC_0795.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Nisso, resolvi também procurar o Zé Antônio, o guitarrista,
porque existia um fanzine aqui de Campinas, o Brokenstrings, feito por Sérgio
Vanalli e Thiago Mello – os idealizadores do Juntatribo – que sempre trazia
matérias do “grunge” nacional, com Killing Chainsaw e Pin Ups em destaques. E
tinha uma foto linda deles – Marquinhos, Zé, Alê e Luis. Eu olhava aquela foto
e olhava e olhava e olhava... e pensava: “uaalll. Que foto legal! Esses caras
devem ser muito legais”! :D<o:p></o:p><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-uJiPb6cNiSQ/VkkcFCcEdyI/AAAAAAAAASc/rxnzb6SjdZI/s1600/DSC_0797.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="180" src="http://4.bp.blogspot.com/-uJiPb6cNiSQ/VkkcFCcEdyI/AAAAAAAAASc/rxnzb6SjdZI/s320/DSC_0797.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-jCyrOo-Au8w/VkkcCqCL1HI/AAAAAAAAASQ/-fJch1aViIY/s1600/DSC_0798.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="180" src="http://4.bp.blogspot.com/-jCyrOo-Au8w/VkkcCqCL1HI/AAAAAAAAASQ/-fJch1aViIY/s320/DSC_0798.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Descobri que o Zé Antônio trabalhava na Final Solution, uma
loja de discos, e eu queria comprar o vinil de Time Will Burn e queria também,
muito, falar com ele. Liguei para a loja. Expliquei meu desejo de compra e ele,
muito amável como sempre, disse que não tinha mais o vinil pra venda.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-OVmZ7IZFdU8/VkkcNEygyCI/AAAAAAAAASk/d-kbabhxIG8/s1600/IMG_20151115_213116.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="203" src="http://4.bp.blogspot.com/-OVmZ7IZFdU8/VkkcNEygyCI/AAAAAAAAASk/d-kbabhxIG8/s320/IMG_20151115_213116.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
Não
lembro muito o desfecho. Mas um dia ele retorna a ligação e fala “então, gravei
uma fita pra você do nosso disco. Te entrego aí no nosso show”. Parem as
máquinas, que a Márcia precisa descer. Fui até a Lua e voltei de felicidade de
saber que teria uma fita cassete de Time Will Burn, gravada pelo próprio Zé! A juventude
é linda, não? :D<o:p></o:p><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-geLYgSOsXD0/VkkcPrMN7YI/AAAAAAAAASs/m54UN1FyuWI/s1600/IMG_20151115_212846.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="241" src="http://2.bp.blogspot.com/-geLYgSOsXD0/VkkcPrMN7YI/AAAAAAAAASs/m54UN1FyuWI/s320/IMG_20151115_212846.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Mas antes disso, um tal de José Emilio Rondeau, que escrevia
para a finada revista Bizz, resolveu fazer uma crítica de dois discos: Gash, do
Pin Ups, e do homônimo do Killing Chainsaw. As palavras exatas daquele senhor
eu não me lembro, mas foi algo do tipo: “são cópias de bandas internacionais,
como Jesus and Mary Chain e My Blood Valentine”. Eu e Glaucia Santinello lemos
aquilo e o sangue subiu. “Como assim? Esse cara não vai ficar falando o que ele
bem quer e ficar por isso!”. Adolescentes fervorosas, pegamos a caneta e
traçamos algumas linhas endereçada à revista Bizz num tom “se são cópias, não
interessa. Importante, que estão fazendo algo que nunca ninguém fez no Brasil. E
sim, eles têm influência das duas bandas e que bom!”. Afinal, nas rádios
brasileiras, o que se escutava na época? Titãs? Legião? Paralamas? Algo já
datado de décadas e décadas.<o:p></o:p><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
E a Bizz publicou nossa carta! E nossa vida foi muito mais
feliz depois disso. Primeiro porque nos sentimos poderosas – “brigamos com o
José Emílio Rodeau, aquele chato!” – e segundo, porque isso chegou até as
vistas de Alexandra Brigante Cruz (na época só Brigante) e aos demais
integrantes da banda. E nesse show, conversando com o Zé, que me entregou a
fita!!!, com a Ale e com o Marquinhos, a
Alê descobre que éramos nós “as meninas da carta”. “Marquinhos, elas são as
meninas de Campinas que escreveram a carta pra Bizz!”, disse Alê feliz e
sorrindo como sempre. <o:p></o:p><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
E assim foi... depois desse dia, em que eles tocaram numa
festa da física na Unicamp, em cima de um tablado de caminhão, junto com Mickey
Junks, Quazímodo e Heaven in Hell, fomos em todos os shows que pudemos ir aqui
em Campinas, no So-Ho ou no Tribo, ou em SP, no DerTemple ou no Retro, e em
Pira, em Sorocaba... onde conseguíamos carona, nós estávamos lá.<o:p></o:p><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-2p1oUGZ1VI4/VkknAQrLpFI/AAAAAAAAATM/CHQi9jHGwtE/s1600/IMG_20151115_213027.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="224" src="http://1.bp.blogspot.com/-2p1oUGZ1VI4/VkknAQrLpFI/AAAAAAAAATM/CHQi9jHGwtE/s320/IMG_20151115_213027.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Éramos fãs, e viramos colegas, amigos, sei lá... nessa época todo mundo era amigo de todo mundo e existia
sempre uma mensagem de agradecimento nos discos, o que nos enchia de alegria.
Marquinhos, virou um querido, e seria seu aniversário em 07 de agosto quando
teria Pin Ups e Garage Fuzz no Der Temple e resolvemos comprar um disco do Gumball de presente pra ele.<br />
<br />
Acho que foi nesse dia que combinamos de dormir na casa dele, mas com
uma história tão maluca para nossos pais, porque nunca que eles nos deixariam dormir
na casa de um estranho. Mãe, sorry, mas precisávamos ir nesse show. Para minha
mãe, eu iria dormir na casa do primo da Glaucia, para o pai da Glaucia ela iria
dormir na casa dos meus tios, e para os pais da Dani, dormiríamos no primo da
Glaucia também. No final das contas, descobrimos que o Marquinhos morava na rua da
minha madrinha e que eles se conheciam (!!!) e que o tio da Dani, que era de Santos, conhecia a mãe
ou alguém da casa do Marquinhos porque sempre desciam pra Santos (!!!). Ou seja,
todos se conheciam. E a gente inventando historinhas... Moral dessa história toda
– o mundo é muito pequeno. Por isso, não mintam, crianças! Mas divirtam-se
muito!<br />
<br />
Dia seguinte... Luis querendo beber água de madrugada, café da manhã na Pirica,
Farofa dizendo que minha mãe tinha ligado, e eu não acreditando. Mas tudo na
paz, sem nenhuma maldade... só queríamos curtir o som e nos divertir. E eles
sei lá o que pensavam de nós... três adolescentes com problemas, provavelmente :P<br />
<br />
Mas como nos divertimos. Nesse, e em todos os
shows que fomos. Afinal, como diria um amigo, “o mundo é muito melhor quandos
as guitarras estão ligadas.”<o:p></o:p><br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-8kRHEsIw57E/Vkkenby98bI/AAAAAAAAAS8/vD29quYKLbk/s1600/12241655_10206442038542764_4136969723574659532_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://4.bp.blogspot.com/-8kRHEsIw57E/Vkkenby98bI/AAAAAAAAAS8/vD29quYKLbk/s320/12241655_10206442038542764_4136969723574659532_n.jpg" width="180" /></a></div>
<br />
<br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
E por falar em guitarras ligadas, o Zé um dia já foi
considerado um dos melhores guitarristas do Brasil, e ontem no show a cada
acorde eu pensava (me desculpem o termo) “pqp! Porque tocar tanto, heim, Zé
Antônio?!”. Sim, é o melhor. E que me desculpem, Flavio e Eliane, que entraram
com a saída de Marquinhos e Luis, mas Pin Ups pra mim, sempre será lembrado por
esses quatro: Zé, Alê, Marquinhos e Luis. A eles, meu Muito Obrigada, queridos!
<o:p></o:p><br />
<br />
(E Zé, não desligue sua guitarra!)</div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Done Zinehttp://www.blogger.com/profile/01795430017929144775noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6674541327499094356.post-57574287688400679152015-06-16T18:09:00.000-07:002015-06-16T18:26:42.346-07:0040 anos, homenagens e música<div class="MsoNormal">
Hoje me olhei no espelho e vi uma mulher de 40 anos muito
mais bonita que a de 30. Uma certa coragem, audácia, dizer isso, mas para os
que me conhecem saberão que não é uma exibição. Cada idade tem, sim, sua
beleza. Acho que aproveitei bem cada uma delas. E por isso não voltaria no
tempo para refazer algo, porque foram todas as experiências, as boas e ruins,
que me deixaram assim, com cada gordurinha a mais, cada ruga, cada cabelo
branco. E como é bom ver isso de forma limpa.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Lógico que sinto saudade de momentos maravilhosos ao lado de
pessoas maravilhosas. Mas creio que se
chego hoje a ter esse pensamento passando por minha cabeça, é porque elas ainda
estão comigo. Cada pedaço meu tem registrado cada experiência vivida. E sim,
Luizinho, a família de alguma forma continua junta, como gostaria de ter visto. E hoje, em
homenagem ao seu aniversário aqui na Terra, estou escutando as música do seu
irmão Sansei. Good vibes sempre. Vocês podem ouvir aqui (seemöve): <a href="http://bit.ly/1HRa2L6">http://bit.ly/1HRa2L6</a>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
E ouvindo isso, me diga se essa mulher de 40 anos olharia a
si própria com o mesmo olhar se não tivesse tido ao lado pessoas maravilhosas?
Viva a música!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-eN6ZYluQ0vk/VYDH8QOFd7I/AAAAAAAAARk/sia2Bqsrnrw/s1600/foto4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="176" src="http://1.bp.blogspot.com/-eN6ZYluQ0vk/VYDH8QOFd7I/AAAAAAAAARk/sia2Bqsrnrw/s320/foto4.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border: none; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-element: para-border-div; padding: 0cm 0cm 1.0pt 0cm;">
<div class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-padding-alt: 0cm 0cm 1.0pt 0cm; padding: 0cm;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Há tempos que não aparecia por aqui. A música é o que
impulsiona este espaço e talvez ela esteja voltando ao meu dia a dia. Rezemos!
;)<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Done Zinehttp://www.blogger.com/profile/01795430017929144775noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6674541327499094356.post-21926193969072165892013-07-16T18:31:00.000-07:002013-07-16T18:43:15.050-07:00O dia em que falei com o Renato Russo - E quem era o Edson amigo dele?<br />
Outro dia, nossa querida Nina Lemos publicou uma história
sobre como ela entrevistou o Renato Russo com algumas mentirinhas. Na hora ri
porque lembrei da minha história com uma pequena mentira também contada pra
poder chegar perto dele. Afinal, Cazuza e Renato Russo eram os maiores ícones
do rock no final dos anos 80 início dos 90, e neste ano tinha apenas 15 anos e
muita vontade de falar com um “ídolo”. Entender suas músicas, e revoltar-se com
o mundo da mesma forma como eles se revoltavam, era normal em mentes juvenis
ávidas por rebeldia e descontentamento com a sociedade e mundo a sua volta.
“Mãe, sua piscina está cheia de ratos”, lembro-me perfeitamente dizendo isso a
minha mãe que estava desesperada por eu não ter chegado a tempo dos fogos de
ano novo, não por culpa minha, mas por culpa de um trânsito infernal no trajeto
Santos-Mongaguá. Foi lá que conheci um menino chamado Marcelo, lindo. Olhos
verdes. Ariano (difícil, heim eu ficar com um ariano, talvez o único). Fiquei
com ele, e uns dias depois ele e uns amigos muito bacanas perguntaram se iria
ao show do Legião <st1:personname productid="em Campinas. Ele" w:st="on">em Campinas. Ele</st1:personname> era de Itu e queriam muito ir.“Noooooossaaaa!!!! Quero muito ir”, falei. “Então está fechado. Posso convidar uma amiga que também ama Legião Urbana?”. Fomos todos. Era 10 de outubro de 1990. Tínhamos 15 anos e minha vida e a da Dani nunca mais seria a mesma. O show foi no ginásio do Guarani. Como éramos ainda novatas de shows, ficamos na arquibancada, que de certa forma, era perto também e tínhamos uma visão completa de tudo que se passava pelo palco. Lembro-me perfeitamente da camisa branca do Renato Russo, das rosas vermelhas, de como ele se contorcia no palco na cover de Sisters of Marcy, Jesus e outras que ele fez, e de alguém pisou no meu dedo. Nossa, como doeu. Meu colega Marcelo nos deixou <st1:personname productid="em casa. Est£vamos" w:st="on">em casa. Estávamos</st1:personname>hipnotizadas. A única coisa que pensávamos era “precisamos conhecer esse cara”.Mas não pergunte por quê. Não sei... Coisas de adolescentes, que achavam que acabaram de encontrar seu salvador, provavelmente. Ainda mais que ele cantava Jesus, Sisters e Joy Division. Tínhamos acabado de ler uma reportagem sobre o Renato Russo na Veja, em que estava se declarando publicamente gay. Nela estava seu nome completo, o nome de sua mãe, e de seu pai, sabíamos, logicamente. Não foi difícil para duas garotas em não muita sã consciência sair caçando pela lista telefônica e serviços de auxílio à lista o telefone dos pais de Renato Russo. Achamos, depois de umas cinco tentativas. Conseguimos um telefone de Brasília e um da Ilha do Governador, locais onde a família possuía casa. Liguei.<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
“Alô, quem fala?”<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
“Quer falar com quem?”<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
“Queria falar com a Dona Carminha”.<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
“Dona Carminha, telefone pra senhora”.<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
Pronto. Lá estava feita a tentativa correta.<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
“Olá, Dona Carminha. Aqui é a Bia Abramo, da Bizz” – aqui
está minha mentira para conseguir chegar ao Renato e desculpe, Bia, pelo uso de
seu nome em vão. “Estou procurando pelo Renato para uma entrevista. A senhora
sabe onde eu posso achá-lo?”.<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
Dona Carminha sempre foi muito gentil e educadíssima e
atenciosa me explicou que o Renato estava morando em um apart no Rio, no Marina
Palace.<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
Pronto. Lá se vai mais uns serviços de auxílio à lista, e
pronto. Encontramos.<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
“Por favor, Renato Manfredini Júnior”.<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
“Um minuto, por favor”.<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
Nossa, passaram a ligação. O sangue corria por todas as
parte do corpo. A adrenalina, percorria cada centímetro de minha boca. Só tive
essa sensação três vezes com essa intensidade na vida – a primeira quando subi
ao palco pela primeira vez para apresentar uma peça de teatro. A segunda quando
desci uma onda perfeita em Itamambuca com uns 14 anos, e esta quando o telefone
do quarto do apart do Renato Russo tocou e atendeu.<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
“Alô, quem é?”, uma voz de um garoto meio afeminada soou do
outro lado.<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
“Oi, é a Márcia de São Paulo”, aqui não tinha mais porque
ficar mentindo e falei quem era de verdade. “Eu queria falar com o Renato. Ele
está aí?”.<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
“Renato, é a Márcia, sua amiga de São Paulo”.<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
“Renato, é a Márcia. Não sou sua amiga, mas tudo bem?”<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
“Tudo bem, e você? Quem é você?”.<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
“Eu e uma amiga minha, a Dani, gostamos muito de você. Fomos
semana passada ao seu show e queríamos que você nos desse um conselho”. Com a
cabeça completamente atordoa foi a primeira coisa que apareceu para tentar
puxar conversa.<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
“Olha, eu estou saindo para ir a um show. Vai ser uma
homenagem ao Cazuza, sabe? Mas faz o seguinte. Reza, Reza bastante”.<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
“Está bom. Obrigada. Vou rezar”. Quase não conseguia falar.<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
Na sequência, a voz que havia atendido primeiramente o
telefone voltou a falar. “Então, a gente vai sair, mas depois a gente conversa,
tá?”.<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
“Tá. Obrigada”.<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
A sala lá de casa era pequena para as rodadas que demos no
chão de tanta alegria. Não nos contínhamos de ter conseguido falar com o Renato
Russo, um “deus” para os adolescentes e jovens adultos na época, e que de certa
forma, ele tinha sido educado e bacana.<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
Psicas como éramos, logicamente não parou apenas nesta
ligação. No dia seguinte, lá estávamos nós novamente, tentando falar com ele.
Conseguimos falamos com ele, e depois com seu amigo e companheiro de apart
hotel, o Edson, que nos atendeu feliz e nos contou como havia sido a homenagem
ao Cazuza. “Acho que ele gostou da gente”, pensávamos na época, uma vez que ao
invés de ficarmos amiga de Renato Russo como gostaríamos, ficamos mesmo amigas
de seu amigo Edson.<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
Nós ligávamos, ele nos atendia e conversávamos minutos e
minutos, ele nos mostrava gravações de shows, um do Jockey, eu lembro bem... ou
seja de <st1:metricconverter productid="30 a" w:st="on">30 a</st1:metricconverter>
60 minutos, em média, tempos que foram suficientes para vir contas absurdas de
telefone e termos que vender nossas roupas para pagá-las e escondê-las de
nossos pais. Mas éramos muito inteligentes, como o próprio Renato disse –
“Vocês são muito espertas, heim, meninas”. Depois do dia em que contamos a ele
como havíamos conseguido seu telefone, nunca mais o nome Manfredini contou no
serviço de informações 102. Talvez não éramos tão espertas assim... não
deveríamos tê-lo contato nossa estratégia. Mas o fato é que falamos com Renato
mais umas duas ou três vezes. Com Edson era quase todos os dias. Em 23 de
outubro de 1990, seu aniversário, ele nos contou:<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
- Hoje é meu aniversário. Estou fazendo 21 anos”, e todo
feliz comentou que Renato havia lhe dado um presente. “Ele me deu um sapato
super bonito”. Não sabíamos ao certo que tipo de relacionamento existia entre
eles. Também não nos importávamos com isso. O que o Edson nos contou é que eles
haviam se conhecido num supermercado. Não me lembro ao certo se ele era
empacotador, ou empurrava carrinhos. Também não sabemos se a história era
verdadeira. Mas o Ed, como nós o chamávamos, passou a nos ligar com uma certa
frequência também. A partir daí não conseguimos mais falar com Renato, e
conversávamos apenas com seu amigo. Até que um dia, ele nos liga, a cobrar de
alguma cidade do Nordeste, acho que estava em Recife, dizendo que estava em uma
turnê do Legião Urbana e que iria nos ligar na volta, quando chegasse em
Cumbica (SP). Os locais eram verdadeiros, afinal na conta do telefone ficaram
todas registradas as ligações a cobrar. “Vou descer em Cumbica e depois vou até
Campinas. Quero visitar vocês”. Não sabíamos se ficávamos felizes ou tristes.
Mas, aos 15 anos, sem nenhuma experiência, morremos de medo do que poderia vir
pela frente. E bem ou mal, minha mãe, Lenir, que já estava ficando íntima do Ed
também, de tanto que ele ligava não deixou mais que atendesse às ligações dele
à cobrar. Isso que ela nem sabia que ele estava vindo para Campinas. Ele chegou
em Cumbica e ligou... <o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
Não atendemos. Minha mãe não deixou eu falar. A partir daí não
sabemos mais o que lhe aconteceu... ele sumiu. O Renato também sumiu. Ligamos
várias vezes para Hotel Marina e nada. Ligamos para sua mãe e nada. Chegando o
Natal, pensamos “ele deve fazer uma visita à mãe”. Ligamos e ele nos atendeu...
<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
- Oi, Renato. Tudo bem? A gente queria saber se você está
bem e saber o que aconteceu com o Edson...do outro lado, uma voz brava e
exaltada:<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
- Não sei! O Edson morreu! Não me liguem mais.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-3f2ELhuv5SQ/UeXzdAUbP3I/AAAAAAAAAPo/Esd591MKC9g/s1600/rentao.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-3f2ELhuv5SQ/UeXzdAUbP3I/AAAAAAAAAPo/Esd591MKC9g/s1600/rentao.png" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<o:p></o:p> </div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
Acabara de receber um fora de Renato Russo. Lógico, não lhe
procuramos nunca mais. Não sabíamos ainda na época que ele estava com AIDS. Mas
depois ficamos sabendo que a notícia lhe veio bem neste período, e ficamos nos
perguntando se o Edson realmente havia morrido ou se foi uma desculpa que o
Renato achou para nós. Até hoje gostaríamos de saber onde ele foi parar. Perguntei
em 2011, ao Dado (O Villa-Lobos) se ele sabia do Edson, mas ele não se
lembrava...<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
Mas ainda gostaria de saber o que aconteceu com ele. Espero
se alguém ler este post possa nos explicar quem foi e o que aconteceu com o
Edson depois de novembro de 1990. Rezemos, rezemos bastante! ;)<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<o:p> </o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<o:p> </o:p></div>
Done Zinehttp://www.blogger.com/profile/01795430017929144775noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6674541327499094356.post-11399974685449458552012-05-04T18:59:00.000-07:002013-03-13T16:15:23.089-07:00Banda Pin Ups está de volta?<em>Grupo se reúne para show especial durante Virada Cultural, em São Paulo (SP)</em><br />
<br />
<div style="text-align: left;">
<em><span style="font-size: x-small;">Márcia Raele</span></em></div>
<em><br /></em>A primeira vez que vi a um show do Pin Ups foi em julho de 1992. Isso mesmo, há quase 20 anos. Eu já os tinha ouvido na rádio, a 89FM que na época era uma rádio rock e sempre buscava inserir em sua programação algumas novidades do rock nacional. Nessa época não existia internet, sequer redes sociais como as de hoje compartilhando informações em milhares de segundos, mas existia uma forte (porque não) mídia social chamada fanzine e a melhor de todas, os amigos. Estava em Santos, passando minhas férias de julho (eu era uma adolescente de 17 anos e ainda podia me dar ao luxo de ter férias) com minhas amigas Daniela e Glaucia.<br />
<br />
Lá tínhamos uma corrente de amigos inesquecíveis que gostavam dos mesmos sons, falavam das mesmas coisas e dividiam os mesmo sentimentos. Um deles, o Sérgio (Tchubo – que não vive mais neste planeta) foi quem nos avisou do show na Gruta do Rock, extinta casa na divisa entre Santos e São Vicente. Era 25 de julho, e na mesma noite tocaria também Tube Screamers, banda de hardcore que anos depois trocaria de nome para Againe. Foi uma noite muito feliz por milhares de detalhes ao caminho e durante o show, e talvez uma das mais felizes em minha vida. Algumas pessoas presentes neste dia, se a memória não estiver falha: Daniela, Gláucia, Tchubo, Dimitre, China, Jefferson, Giovani, Sansei, Luizinho (Champignon). Caminhos divertidos até lá, com direito a linha de trem e sustos “O treeemmmmm”. <br />
<br />
Mas voltando a música, a partir desse dia, passei a perceber que existia uma vida rica e interessante no submundo do rock. Muita coisa aconteceu nesse ano de 1992, e a cena do rock underground nacional fervia na mesma proporção que o grunge de Seatle se despertava para o mundo. Não, como disse, graças à Internet, mas aos fanzines, demos, selos independentes e à amizade que reinava entre todas as bandas e público. Virei fã do Pin Ups, assisti a mais uma dezena de shows deles, critiquei críticos de música da época que não entendiam o que estava acontecendo (como diz uma amigo – o Pin Ups estava muito a frente de seu tempo), virei amiga deles e fico muito feliz por isso. Uma vez ganhei um cartão de aniversário dizendo que a felicidade estava nas amizades conquistas. Hoje, completando 37 anos, 20 anos depois de tudo isso, posso dizer que fui e sou muito feliz. Pela conquista de amigos que vivenciaram comigo todo esse período e guardam consigo toda a essência que vivíamos.<br />
<br />
Mas eu vim aqui para mostrar a entrevista completa que fiz com a Alê e o Zé Antônio, do Pin Ups, às vésperas deles se apresentarem na Virada Cultural de São Paulo (SP). Uma parte já foi publicada no site do Rock´n´Beats (<a href="http://bit.ly/ILZ4q9">http://bit.ly/ILZ4q9</a>) . Poder conversar com eles é sempre uma alegria. Poder vê-los tocar é sempre a certeza de entender porque são tão considerados. <br />
<br />
<strong>Quando foi a última vez que fizeram um show?</strong><br />
Zé Antônio – Com essa formação, acho que foi em 2004, no Curitiba Pop festival. Depois disso fiz um show no CB, pra comemorar os 20 anos do primeiro álbum, mas a Alê não tocou. O Luiz, vocalista do primeiro álbum foi quem cantou e o baixo foi tocado pelo Jesus, do Los Pirata.<br />
<br />
<strong>Estão ansiosos para este retorno na Virada Cultural?</strong>Alê – Sim, muito! Eu mesma nunca mais toquei depois que saí do Lava em 2006, e é muito emocionante tocar as músicas do Pin Ups novamente com a banda reunida.<br />
<br />
Zé Antônio – Acho que mais do que ansioso eu estou feliz em reencontrar e tocar com os amigos queridos do Pin Ups. Vai ser divertido, mas não sei qual será o público, pois muita gente não vai querer levantar tão cedo. <br />
<br />
<strong>Por que esta reunião para o evento? Será apenas esse show, ou os fãs podem esperar por um retorno maior? Existe algum projeto para futuro?</strong><br />
Zé Antônio – Em princípio é só um show, mas não descartamos a possibilidade de fazer mais algumas apresentações. Sabemos que essa não será uma volta da banda, mas se aparecer uma boa proposta, não há porque recusar.<br />
<br />
<strong>Já têm um set list pronto para a Virada?</strong><br />
Alê – Sim! O set é gigantesco em se tratando de uma apresentação do Pin Ups. Serão 18 músicas! Fato inédito em nossa existência.<br />
<br />
Zé Antônio – A maioria são músicas que a Alê já cantava, algumas da fase anterior, e três covers que a gente costumava tocar nos shows.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/3PtHZJWX9SE?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<br />
<br />
<strong>O show será com a formação de vocês, mais a Eliane e o Flávio, certo? Os primeiros integrantes (Luis Gustavo e Marco, vocalista e baterista na primeira formação da banda, respectivamente) algum dia tiveram interesse em retornar as atividades com o Pin Ups? Ou vocês já pensaram em reunir a primeira formação da banda?</strong><br />
Alê – Consultamos ambos antes de fazer a reunião com esta formação. A ideia era fazermos o show do Time Will Burn [primeiro trabalho do grupo]. Porém o Marquinhos está morando em Detroit e está em turnê com sua nova banda [Jesus & The Groupies]. Então não deu certo e assim resolvemos fazer a reunião da formação da segunda fase do Pin Ups.<br />
<br />
<br />
<strong>Como avaliam a cena musical atualmente no Brasil? Vocês acreditam que o Pin Ups ajudou a construir o que existe atualmente, seja na cena indie ou não?</strong><br />
Zé Antônio – Na época essa ideia nem passava pela nossa cabeça. Hoje várias bandas já vieram dizer que nós fomos influência. Isso me deixa muito feliz, é claro. Ouvir isso depois de tanto tempo é surpreendente. Em relação à cena alternativa de hoje, eu acho ótima por vários motivos: primeiro porque tem muita gente boa, com talento e determinação. Além disso, a música alternativa já não é algo tão restrito e tão compartimentada como era no passado. Hoje os estilos se misturam, os músicos colaboram mais entre si e existe uma preocupação com a qualidade musical. É tudo bem menos ingênuo do que em nossa época, isso é verdade. Mas é bom ver que tem músico da cena alternativa se dando bem, construindo uma carreira e sendo percebido pelo público. Dá um alívio ver isso.<br />
<br />
Alê - Acho que a cena está em eterna efervescência e devido ao grande número de espaços para shows e meios de comunicação muita coisa boa sempre vai surgir. Acho meio pretensioso dizer que ajudamos a formar alguma coisa, mas no fundo até que é bem verdade, né?<br />
<br />
<strong>Poderiam comparar a época em que começaram a tocar nos anos 90 com os dias atuais? O que mais gostam daquele período e quais críticas teriam? E em relação a hoje, existe algum ponto que destacam dentro do rock nacional ou alguma crítica?</strong><br />
Zé Antônio – Acho que falei um pouco disso na resposta anterior... mas naquela época tudo era muito mais difícil. Quase não haviam lugares para tocar, o equipamento era sempre sofrível, os shows sempre na alta madrugada e muitas bandas tocavam de graça. Apesar de tudo isso, havia um certo idealismo no ar. A gente passava por poucas e boas, mas estava sempre feliz com os shows e os amigos que fazíamos.<br />
<br />
Alê – Quando começamos a tocar, os shows eram destinado a um público restrito e interessado em música alternativa em geral. Sem o auxílio da internet o alcance era outro porém de alguma forma, o fato da cena ser mais intimista fazia com que o clima fosse quase que familiar – somos amigos de grande parte daquelas pessoas que compunham a cena (você inclusive !!!) até hoje.<br />
<br />
<strong>Qual fato (bom ou ruim) mais marcante dentro da história do Pin Ups?</strong><br />
Zé Antônio – Nossa... essa é difícil de responder. Acho que os fatos mais marcantes foram o lançamento do primeiro álbum e as turnês ao lado do Superchunk, quando viajamos pelo país ao lado de uma banda que gostávamos tanto.<br />
<br />
<strong>Vocês sempre exerceram outras atividades além de tocar em bandas. A música está atrelada também à vida profissional e ao dia a dia de vocês?</strong><br />
Alê – Sim, eu sempre trabalhei com música. Seja na Roadrunner Recs, na MTV ou na Conteúdo Musical. Hoje sou autônoma, mas continuo prestando serviços de produção artística. É um verdadeiro privilégio poder trabalhar com música neste país!<br />
<br />
Zé Antônio – Sempre... ouço música o dia todo e sempre que possível meu trabalho tem a ver com música. Trabalhei por 17 anos na MTV falando sobre música e agora estou na curadoria da Let's Rock, uma exposição sobre que está acontecendo na Oca, do Ibirapuera. Foram quase 8 meses dedicados a isso até a abertura e está sendo uma delícia.<br />
<br />
<strong>Algum recado em especial?</strong><br />
Zé Antônio – Sim.. agradecer a todas as pessoas queridas como você que sempre estiveram ao nosso lado. Espero que possamos nos encontrar no show da virada.<br />
<br />
Alê – Esperamos que todos se animem, acordem cedo, comam um pão na chapa, tomem um café bem forte e venham assistir ao nosso show às 8h30 no domingo, no palco da Barão de Limeira. Ah! Vale virar também, é que eu mesma já estou no time dos velhinhos [risos].<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-yCJXcwDBHqQ/T6SI0wkfHLI/AAAAAAAAAOs/Kx8tsZFt-IQ/s1600/Pin+Ups.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://4.bp.blogspot.com/-yCJXcwDBHqQ/T6SI0wkfHLI/AAAAAAAAAOs/Kx8tsZFt-IQ/s320/Pin+Ups.jpg" width="320" /></a></div>
<span style="font-size: x-small;"><em> Pin Ups, no extinto bar Tribo, em Campinas (SP)</em></span>Done Zinehttp://www.blogger.com/profile/01795430017929144775noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6674541327499094356.post-41963281810805493882012-02-25T13:53:00.028-08:002012-02-27T10:59:08.192-08:00Entrevista com Wayne Hussey (The Mission): “Tem sido muito bom ouvir as músicas com o tom original novamente”<div align="center"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-YhAfPC-vbi4/T0lbZVMif7I/AAAAAAAAAOI/s3r3m0a_2sE/s1600/P1000244.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; width: 320px; height: 180px; text-align: center; display: block; cursor: pointer;" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5713198093040779186" border="0" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/-YhAfPC-vbi4/T0lbZVMif7I/AAAAAAAAAOI/s3r3m0a_2sE/s320/P1000244.jpg" /></a> <span style="font-family:arial;font-size:78%;"><em>Foto: Cinthya Hussey</em></span></div><div> </div><div> </div><div> </div><div><div><span style="font-family:arial;font-size:85%;"><em>Por Márcia Raele<br /></em></span><br />Piracicaba sempre foi muito quente, mas aquele dia parecia<br />que o sol estava ainda mais perto de nós. Um antigo engenho construído no<br />século XIX às margens do rio – hoje um patrimônio histórico e cultural da<br />cidade – foi o local escolhido por Wayne Hussey, vocalista do The Mission (UK),<br />para nossa entrevista, na terça-feira de Carnaval. O grupo, que está celebrando<br />seus 25 anos, fará <a href="http://www.gticketsis.com.br/ticketbrasil/lojanew/detalhes_evento.asp?eve_cod=98&tploja=s&usu_id=#descricao">show em São Paulo no dia 27/05</a>, e talvez na região de<br />Campinas (Red Eventos – Jaguariúna) e Curitiba, em datas a serem confirmadas. Wayne<br />está morando no Brasil já há alguns anos – é casado com uma brasileira – e,<br />apesar de um pouco mais velho, não perdeu o estilo rocker com diversos brincos<br />na orelha, calça jeans, camiseta preta e seu tradicional óculos escuro.<br />Após 50 anos de idade, disse que fez sua primeira tatuagem: uma patinha de<br />cachorro e o nome Babi, uma Cocker Spaniel de sua esposa. “Ela era cega por causa<br />do diabetes e eu adorava jogar futebol com ela porque eu sempre ganhava”,<br />comenta sorrindo. “Mas ela faleceu há três anos”. Passeando por galpões em<br />ruínas e a ponte sobre o rio Piracicaba, conversamos sobre os próximos shows na<br />América Latina e também sobre algumas curiosidades que eu tinha sobre eles há<br />cerca de 25 anos.<br /><br /><strong><em>Quais suas expectativas sobre os próximos shows aqui na América do<br />Sul?</em></strong><br />Wayne Hussey – As turnês na América do Sul são sempre muito<br />loucas e cheias de eventos interessantes e acontecimentos inesperados. Mas o público<br />é sempre maravilhoso. A última vez que fizemos show aqui no Brasil foi em 2002,<br />e por isso estamos bem ansiosos.<br /><br /><strong><em>Essa turnê é para celebrar os 25 anos da banda, certo? Qual a diferença<br />de tocar hoje em relação a quando vocês começaram em 1986?</em></strong><br />Wayne Hussey – Antes eu tinha mais cabelo e menos corpo [risos]. Em 1986, não imaginávamos chegar aos 25 anos de história. As músicas da época eram bem diferentes, tínhamos recursos diferentes. Mas nunca pensamos em viver este momento, o que é uma grande emoção.<br /><br /><strong><em>E a emoção do público nos shows do The Mission, continua igual?</em></strong><br />Wayne Hussey – É sempre grande. Mas não que o público tenha<br />aumentado em todos esses anos, não temos um público novo. O que aconteceu é que<br />nosso público foi crescendo com o The Mission.<br /><br /><strong><strong><em>E uma curiosidade minha: por que The Mission? Existe algo religioso em<br />tudo isso, algum recado a ser dado ou uma “missão”?</em></strong></strong><br />Wayne Hussey – Não exatamente. Mas certamente se você me<br />perguntasse isso naquela época eu iria inventar algo, porque era como minha<br />cabeça funcionava naquele tempo. Mas, uma das coisas que aprendi com os anos,<br />foi que as coisas não precisam de respostas. As músicas que cantava eram sobre<br />situações e o que eu sentia naquele exato momento, mas não que existisse uma<br />razão ou algum recado a ser dado.<br /><br /><strong><em>E o símbolo do The Mission [espécie de cruz com símbolos de infinito<br />entrelaçados], tem algum significado especial?</em></strong><br />Wayne Hussey – Eu roubei dos franceses. Os ingleses não gostam muito dos franceses, então eu roubei o símbolo dos franceses [risos].Este era um símbolo que tinha em cima do chapéu da guarda civil francesa, aquela que costuma salvar as pessoas de enchentes.<br /><br /><strong><em>Você queria salvar alguém?</em></strong><br />Wayne Hussey – Talvez, eu mesmo.<br /><br /><strong><em>Voltando aos shows, o que o público pode esperar? Já existe um set list<br />definido?</em></strong><br />Wayne Hussey – Ainda não, mas sabemos que o público quando vai aos nossos shows querem ouvir os sucessos, como Severina, Tower Of Strength, Butterfly on Wheel.<br />Sempre existem as músicas novas a serem tocadas, mas pela nossa experiência,<br />sabemos que se não tocarmos os sucessos as pessoas fogem para o bar.<br /><br /><strong><em>Desde quando o The Mission voltou a tocar com a formação original, e<br />como tem sido?</em></strong><br />Wayne Hussey – Começamos em outubro de 2011 [iniciaram a<br />turnê pela Europa], para a celebração dos 25 anos da banda, e tem sido muito<br />bom. Ao longo dos anos, eu deixava os músicos convidados bem à vontade para<br />tocarem dentro dos seus estilos, e agora com a nossa formação tem sido muito<br />bom ouvir as músicas com o tom original novamente.<br /><br /><strong><em>E é difícil morar no Brasil e ter o resto da banda em outro país?</em></strong><br />Wayne Hussey – Não. Hoje, pelas facilidades da Internet é<br />muito tranquilo. Há pouco tempo fiz uma gravação inteira de um álbum com<br />Julianne Regan [ do <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/All_About_Eve_(banda)">All About Eve</a> ] totalmente via e-mails.<br /><br /><em><strong>Conte-me um pouco sobre esse projeto com a Julianne, chama-se<br />Hussey-Regan, certo?</strong></em><br />Wayne Hussey – Julianne e eu nos conhecemos há muitos anos,<br />desde o tempo do disco God’s Own Medicine [ela é a voz feminina de Severina],<br />então acho que seria natural que um dia fizéssemos algum trabalho juntos. E foi<br />bem natural mesmo, sem pressões de prazo. Muito gostoso.<br /><br /><strong><em>E podemos esperar um novo trabalho do The Mission?</em></strong><br />Wayne Hussey – Bem... nós estamos pensando a respeito para o<br />próximo ano. Mas por enquanto é só isso, um pensamento. Não queremos firmar<br />planos, mas estamos gostando muito dessa ideia de tocarmos juntos novamente, e<br />se continuar assim acho que será natural gravarmos um novo álbum. Vamos ver...<br /><br />[Mais sobre o The Mission abaixo e em <a href="http://themissionuk.com/wp/">themissionuk.com</a> ou <a href="http://www.facebook.com/events/252783124802628/#!/events/252783124802628/">The Mission XXV,São Paulo,Brasil</a>]<br /><br /><br /><strong><span style="font-size:180%;"><em>Deuses ou Homens?</em></span></strong><br />Temos um estranho comportamento de endeusarmos alguns tipos<br />de artistas. Os cantores são um deles, ainda mais se forem internacionais e com<br />alcance de público imenso. Isso aqui no Brasil toma, às vezes, proporções<br />exageradas devido à nossa cultura mais amorosa e calorosa em sentimentos. Mas<br />esquecemos que atrás de poses, vozes, interpretações existem pessoas como outra<br />qualquer, talvez apenas um pouco mais famosa ou rica. Não me excluo desse<br />sentimento e sempre tive grande admiração – e por que não “embasbacamento”– por<br />muitos grupos/cantores de rock. O The Mission é um deles, o qual conheci quando<br />tinha 12 anos apresentado por meu irmão Du (sempre ele): “Tina, esse é o The<br />Mission. O vocalista e o baixista saíram do Sister´s Of Mercy e montaram o The<br />Mission”.<br />Pronto! Foi o suficiente, principalmente após ouvir<br />Severina, Tower of Strenght e Wastland, para fazer uma ligação maluca em minha<br />cabeça - irmãos da misericórdia, a<br />missão, God´s on Medicine (nome do primeiro disco) – de algo realmente divino<br />no sentido literal ou simplesmente por ser muito bom. Real ou não, intencional ou não, suas<br />músicas, vestes e símbolos sempre foram uma referência para mim. E hoje, 25<br />anos depois, tive a grata oportunidade de rever alguns detalhes sobre tudo<br />isso, ou pelo menos matar algumas curiosidades, como “qual o significado do<br />símbolo do The Mission?”, “Por que The Mission?”. Não que a resposta dada tenha<br />mudado algo em meus sentimentos por suas músicas, mas ouvir da boca da própria<br />pessoa que a criou foi algo bastante esclarecedor. Afinal, não estamos mais em<br />1986, e não tenho mais os sonhos da época. Mas pude encontrar com alguém que<br />fazia parte deles, e ver que ele é uma pessoa real. Talvez ele possa representar um elo entre nós e Deus (afinal ele é um cantor, e não é essa a função original da música?), quem sabe?<br />Aqueles que irão às apresentações que o Mission fará<br />no Brasil – já confirmada a de São Paulo, no dia 27/05, no Cine Joia – com certeza<br />dividirão esse mesmo sentimento. Um dos ícones da geração gótica nos anos 80, a<br />banda sempre arrastou multidões por onde passava pelo mundo. Hoje, sem tantas vestes<br />pretas e com cabelos mais curtos e grisalhos, Wayne Hussey, Graig Adams e Simon Hinkler deverão fazer um show de celebração. Afinal, são 25 anos de banda, fato que, como o próprio vocalista comentou, não esperava acontecer. “É uma grande emoção. Não imaginávamos chegar até aqui. Está sendo muito bom ouvir as músicas com o tom original”.<br />Após uma conversa tranquila com ele e sua simpática esposa, não<br />pude deixar meu lado fã à parte e pedi um autógrafo para meu vinil God´s Own<br />Medicine (Remédio dos Deuses, que remete à morfina – santa morfina que tirou as<br />dores da minha cesárea : ) ). Não sei se foi apenas para fazer uma alusão ao<br />contexto do disco, (cheio de dizeres sobre fé) ou não, mas Wayne escreve: “Márcia,<br />mantenha a fé”.</div><div><br />A fé está mantida e a tempestade que caiu logo após nos<br />despedirmos comprovou tudo isso para mim.<br /><br /><iframe height="315" src="http://www.youtube.com/embed/93E3Mr3trbw" frameborder="0" width="420" allowfullscreen=""></iframe></div></div>Done Zinehttp://www.blogger.com/profile/01795430017929144775noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-6674541327499094356.post-21359471588952624552011-11-14T08:19:00.001-08:002011-11-14T08:30:38.689-08:00Duran Duran no SWU<a href="http://4.bp.blogspot.com/-ojMvTSgMGeo/TsE_otyabVI/AAAAAAAAANU/yZChPLxq894/s1600/DuranDuran.jpeg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 240px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5674886974181895506" border="0" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/-ojMvTSgMGeo/TsE_otyabVI/AAAAAAAAANU/yZChPLxq894/s320/DuranDuran.jpeg" /></a><br />Existem dois bons motivos para uma banda chegar aos 30 anos de carreira: um é pelo dinheiro, outro pelo talento que a sustenta até a presente data. O Duran Duran pode ser enquadrado no segundo item – é lógico, que um dinheiro a mais ninguém reclama, não? Mas continuar só por continuar e não ter talento não adiantaria.<br />O show do Duran Duran no SWU, em Paulínia, em 13 de novembro, provou isso. Em uma das noites menos concorridas do festival de três dias, eles se saíram como uma das melhores atrações fazendo um show respeitável tanto para os saudosos dos hits dos anos 80, quanto para os que nem conheciam nada e estavam lá apenas porque uma vez ouviram dizer que eles eram uma banda legalzinha... “aquela que toca Ordinary World”. Com os sucessos The Reflex, Wild Boys, View To a Kill, Rio, como Notorious ou a atualíssima Girl Panic, os veteranos do mainstream mostraram o que é fazer um bom show.<br />Simon Le Bon, com um carisma que em meus 26 anos de conhecimento da banda não imaginava que teria, desceu três vezes para interagir com o público, em uma delas para fazer uma garota o apresentar. Brincou, pedindo para ela repetir: “o fantástico, o maravilhoso, o sexy, Simon Le Bon” (rss – não era mentira). John Taylor, com certeza um dos melhores músicos do festival – como apontou Thales de Menezes na Folha de São Paulo –, Nick Rodes, o melhor e mais cool tecladista de todos os tempos, Roger Taylor (sim, ele esteve aqui e, crianças, eu vi!!), reservado e eficiente em sua bateria. E mais: uma equipe de apoio de primeira, que tem o destaque para a back vocals (uma diva! – confesso, por alguns minutos quis ser ela ao vê-la atuar naquele palco). Tudo bem, faltou Andy Taylor... mas o atual guitarrista não deixou a desejar.<br />Fiquei emocionada. Achava que nunca os veria ao vivo e quando vi, encontrei uma banda grande, fazendo um show simpático e extremamente vibrante a um público que estava muito, muito feliz por estar ali. Parabéns, Duran Duran!<br />(Obs.: ouvi dizer que o show do Hole, lá no outro palco não foi lá grandes coisas... ufa! Ainda bem que fiz a escolha certa e fiquei com o DD).<br /><br />Set List DD no SWU<br /><br />Planet Earth<br />View to a Kill<br />All You Need is Now<br />Safe<br />Come Undone<br />The Reflex<br />Girl Panic!<br />The Chauffeur<br />Ordinary World<br />Notorious<br />Hungry like the Wolf<br />Sunrise<br />Wild Boys<br />Rio<br /><br />Sim, faltou Save a Prayer...Done Zinehttp://www.blogger.com/profile/01795430017929144775noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6674541327499094356.post-88983927597246237772011-09-24T16:52:00.000-07:002011-09-24T17:10:00.232-07:00Você sabe o que é o Natal?Eu tinha 9 ou 10 anos quando escutei Do They Know It´s Christmas?, música gravada em novembro de 1984 pelo projeto Band Aid, de Bob Geldof. A música de Geldof e Midge Ure tornou-se hit no final do ano e chamou a atenção do mundo para os famintos da Etiópia. Em 1985, O Live Aid, um novo projeto do Geldof, rapaz teimoso que sabia o que queria e o que queria era chamar atenção novamente para esse problema perdido no meio do mundo. Um lugar onde não há nenhum interesse político ou financeiro e portanto pra que ajudá-los? Não sei se os esforços foram verdadeiros ou não, se os resultados foram bons ou não.<br />Mas eu só sei o que sinto e uma situação de 1984, eu então com 9 anos, e hoje 27 anos depois me chamou tão ou mais atenção. Não sei se foi uma febre descomunal do momento, mas vi Live Aid - O Filme, e alguns pontos de vista foram mudados em mim. Um o da figura de Bob Geldof, que sempre me pareceu alguém um tanto quanto maluco ou aproveitador. Não estou aqui para julgá-lo e nem sei se a figura exposta no filme é real. Nele me pareceu um rapaz sensível e obstinado por realizar o que quer. Me pareceu uma criança, mimada às vezes, mas com certa razão de ser. Quando criança a música me chamou atenção, mais pela beleza e pelo que ela despertava em mim do que por sua causa em si. Hoje, adulta, percebo a importância de sua causa, percebo a importância do Live Aid - e rezo para que o festival tenha sido sincero e tenha tido efeito assim como pareceu no filme. Geldolf vai estar aqui perto em breve, em palestra do SWU Music Festival, falando de sustentabilidade. Gostaria de olhar em seus olhos e ver se há sinceridade em tudo isso. Gostaria de perguntar cada detalhe do stress que foi organizar o Live Aid em 1985, como foi a conversa com Paul MacCartney, e se ele achou que seus esforços surtiram o efeito que desejava. Ou pelo menos um pouco. E se pelo menos o pouco foi conquistado, com certeza foi muito para uma terra que nunca teve nada.<br />Para quem não era nascido em 1984, talvez não entenda o arrepio que dá ao ouvir até hoje Do They Know It´s Christmas. Talvez quem nunca tenha visto crianças famintas morrendo, talvez nunca entenda que alguns esforços são necessários quando precisamos mudar o mundo.<br /><br />Para entender mais do que estou falando assista a:<br /><br /><a href="http://youtu.be/G18GbIB5AOc">http://youtu.be/G18GbIB5AOc</a><br /><br />e tente alugar ou baixar Live Aid - O Filme por aí.<br /><br /><br />It's Christmas time,<br />there's no need to be afraid.<br />At christmas time<br />we let in light and banish shade<br />And in our world of plenty<br />we can spread a smile of Joy<br />Throw your arms around the world<br />at Christmas time.<br /><br />But say a prayer,<br />Pray for the other ones.<br />At Christmas time it's hard<br />but when you're having fun...<br />There's a world outside your window<br />and it's a world of dread and fear<br />Where the only water flowing is<br />the bitter sting of tears<br />Where the Christmas bells that are ringing<br />are the clanging chimes of Doom<br />Well, tonight thank God it's them istead of you.<br /><br />And there won't be snow in Africa this Christmas time<br />The greatest gift they'll get this year is life.<br />Ohh....<br />Where nothing ever grows<br />No rain or rivers flow<br />Do they know it's Christmas time at all?<br /><br />Here's to you...<br />Raise a glass for everyone<br />Here's to them<br />Underneath that burning sun<br />Do they know it's Christmas time at all?<br /><br />Feed the world...<br />Feed the world...<br /><br />Feed the world,<br />Let them know it's Christmas time again.<br />Feed the world,<br />Let them know it's Christmas time again.Done Zinehttp://www.blogger.com/profile/01795430017929144775noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6674541327499094356.post-68005875141103722302011-07-30T18:01:00.001-07:002011-08-23T11:14:28.765-07:00Lembrança de uma vida perfeitaEssa semana minha amiga de trabalho Karina Pilotto comentou sobre Control e escutamos a versão do The Killers para Shadowplay do Joy Division, e tudo isso me fez lembrar de um texto que escrevi sobre outro filme, tão legal quanto, o 24 Hour Party People, na época de seu lançamento para a terceira edição de meu fanzine Done (ainda em papel em 2002). E mais ainda do texto de meu fiel escudeiro de zine, Rafael Martins, o qual reproduzo abaixo em homenagem a esses momentos nobres de nossa vida e a essa chuva linda que cai lá fora...
<br />
<br /><strong>Vida perfeita
<br /></strong>O recomendado é que durmamos de 8 a 10 horas por dia, mas o que vejo por aí é que a maioria das pessoas vão dormir antes e acordam muito, muito antes do que gostariam. Acordar, na verdade, é modo de dizer, pois passamos a maior parte do dia sonhando. Não necessariamente infelizes com a própria vida, mas de certo modo insatisfeitos, até ligeiramente frustrados.
<br />Pois, onde está aquela vida perfeita por anos idealizada, com a pessoas perfeitas, músicas, filmes, livros perfeitos, empregos perfeitos, roupas, bares, bebidas e drogas perfeitas?
<br />Talvez sonhar demais tire um pouco do brilho da realidade. Mas eu me lembro de pequeno, nos momentos mais difíceis, minha mãe falando de perseverança, determinação, de fé e de quando se quer algo com muita, mas muita força, mesmo que demore, sempre conseguimos. Lembro até de ter ficado com 40º de febre pra ganhar um tanque do “Comandos em Ação”. Será que se olharmos com os olhos bem arregalados não veremos que tudo é fácil quando não construímos nossas próprias barreiras, quando não nos auto-sabotamos?
<br />É... viver de sonho é que traz a tal frustração. Mas sonhar é o primeiro passo. Na edição passada do Done, isso foi bem retratado pelas matérias com o Wry e o Pullovers. E nesta com mais algumas outras.
<br />Mas, enfim, estava eu num sábado de manhã meio nublado como eu gosto, lendo umas letras do Ian Curtis, esperando pelo show do Echo and Bunnymen, tentando aprender a tocar baixo, sempre com Simon Gallup e Petter Hook na cabeça, quando me lembro de um velho amigo (que felizmente ou infelizmente virou pastor Batista) me contando que a mulher perfeita para ele tem que acordar no domingo e, com a mesma intensidade que ele, viajar em New Order.
<br />Mas já é sábado à tarde e está sol e calor, que eu abomino, e eu na casa da Marcinha bolando esta edição. E após me mostrar um trailer de um filme inglês e ler um email de Mário Bross falando de um suposto revival anos 80 e que pela terceira vez escutava Suite Number Five, eu lhe conto a história do tal velho amigo e, com toda a intensidade que ele procurava, ela exclama “que cara lindo!!!!!!” e me fala que para sermos realmente felizes temos que tentar realizar tudo o que sonhamos mesmo que pareça impossível. E eu me lembro do velhinho pintor de ossos de vidro de Amélie Poulain dizendo que “às vezes é preciso mergulhar de cabeça”. Sim, parece banal e todo mundo sabe disso, mas freqüentemente eu esqueço e então eu apenas balanço a cabeça concordando.
<br />Voltamos, então, os dois pra tela de seu computador e pela milésima vez entramos no tal trailer citado acima... 24 Hour Party People... *
<br />
<br />Rafael Martins (donezine #3 - 2002)
<br />
<br />
<br /><strong>Por trás da cena
<br /></strong>Se você tem sangue quente correndo em suas veias certamente o filme 24 Hour Party People irá fazer você tremer. Ainda não tive a chance de velo inteiro. Mas só o trailer já me fez ter convulsões. Não! Não iguais as de Ian. Aliás, hoje (quando escrevo este texto) é 18 de maio. Aqui está tudo bem e aí?
<br />Voltando a Terra... Trilha sonora perfeita fez os tempos nos 80. Sexo e drogas também. Club noturno. Haçienda é o nome, e por trás dele New Order e Tony Wilson – o homem por trás da cena. No meio deles, Happy Mondays e todo o início da geração ácida. Manchester é a cidade, como eles dizem “a mais vibrante do mundo”. Inglaterra é o país. Onde mais?
<br />É a febre dos anos 80 de volta. Perda de tempo relembrar o passado? Que se dane! Se ele foi bom, que venha novamente e venha grande!!!!! “Here To Stay”.
<br />
<br />“Abrimos um clube noturno porque estávamos muito influenciados pelas viagens aos EUA. Queríamos criar um ambiente em Manchester e achamos que um clube noturno era o melhor modo. Queríamos que fosse um bom clube noturno, por isso nos inspiramos em lugares tipo o “The Paradise Garage” e o “Fun House”, Bernard Summer.
<br />“Basicamente abrimos o Haçienda porque não existia lugar para se ir à noite... e também de dia. Era um lugar para se passar o dia”, Peter Hook.
<br />
<br />24 Hour Party People - Direção: Michael Winterbottom
<br />
<br />Márcia Raele (donezine #3 - 2002)
<br />
<br />* Here To Stay -
<br /><a href="http://youtu.be/PjwXXCJs7PU">http://youtu.be/PjwXXCJs7PU</a>
<br />Done Zinehttp://www.blogger.com/profile/01795430017929144775noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6674541327499094356.post-8196535018178190032011-05-31T11:23:00.000-07:002011-05-31T11:26:43.060-07:00Biblioteca Nacional comemora Dia da Imprensa com exposição de fanzines<em>A data tem origem na criação do Correio Braziliense, o primeiro jornal não oficial, fundado por Hipólito da Costa em 1º de junho de 1808, em Londres, para fugir da censura real à imprensa</em><br /><br />Nesta quarta-feira, 1º de junho, o Brasil comemora o Dia da Imprensa. Para celebrar a data, a Biblioteca Nacional preparou a mostra sobre fanzines Os alternativos dos alternativos – da poesia marginal ao anarcopunk. A exposição reúne impressos da Geração Mimeógrafo e panfletos em papel A4 nos quais artistas publicavam suas poesias e textos de protestos. A contracultura e tudo o mais a que as indústrias não davam vazão estarão expostos para relembrar as diversas formas de comunicação, a criatividade e as contestações de várias épocas.<br />Os periódicos selecionados trazem para as vitrines da Biblioteca Nacional o caráter extremamente artesanal das produçõoes da Geração Mimeógrafo, um movimento poético-cultural ocorrido no Brasil que marcou a década de 1970, com desdobramentos nos anos 1980. O movimento lançou autores da denominada poesia marginal, dando origem a um grupo excluído da lógica do mercado editorial e da indústria cultural, com inspirações no Modernismo, na Tropicália e na contracultura.<br />Naquela época o mimeógrafo - um tipo de fotocópia em desuso pela atual geração - era a tecnologia a serviço da informação. Com o desenvolvimento dessa prática e o início da chamada arte postal − quando poetas e artistas visuais trocavam e divulgavam suas publicações pelo correio −, nos anos 1980, uma parte dos “mimeógrafos” começou a flertar com uma nova cultura, mais politizada, mas não por isso menos marginalizada: o movimento anarcopunk.<br />Muitas dessas publicações, na maioria das vezes reproduzidas em máquinas de xerox, passaram também a ser conhecidas como fanzines, quando exploravam, além da poesia e manifestos políticos, quadrinhos e música. Na mostra, serão expostos somente periódicos produzidos em tamanho sulfite A4. A exposição traz poemas de figuras como Geraldo Carneiro, Waly Salomão, Roberto Piva, Chacal, Leila Míccolis, Torquato Neto, José Carlos Capinan e Aricy Curvello – a maior parte da coleção de mimeógrafos poéticos no acervo da Biblioteca Nacional foi doada por este último poeta –; além de mimeógrafos politizados e poéticos do movimento punk.<br />A mostra fica até o dia 5 de agosto, no 2º andar da Biblioteca Nacional (Av. Rio Branco, s/nº − Centro – Rio de Janeiro), das 10 às 16h. Entrada franca.<br /><span style="font-size:78%;">(fonte: Fundação Biblioteca Nacional)</span>Done Zinehttp://www.blogger.com/profile/01795430017929144775noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6674541327499094356.post-25250181778378963662011-03-04T17:19:00.000-08:002011-03-04T17:38:19.399-08:00Entrevista com Ian Mackaye (Fugazi)<div align="left"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-dscZv-FYS-I/TXGRZo7dYeI/AAAAAAAAALI/wbGN5cWwiOA/s1600/ian_PatGrahm.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 248px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5580401282958320098" border="0" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/-dscZv-FYS-I/TXGRZo7dYeI/AAAAAAAAALI/wbGN5cWwiOA/s320/ian_PatGrahm.jpg" /></a> <span style="font-size:78%;">Ian Mackaye, na Dischord Records - Foto: Pat Grahm<br /></span><strong></strong><br /><strong><span style="font-size:130%;">Download de shows, Facebook, futuro...</span></strong><br /><span style="font-size:78%;"><em></em></span></div><div align="left"><span style="font-size:78%;"><em>Por Márcia Raele<br /></em></span><strong><br /></strong>A tão aguardada disponibilidade dos shows do Fugazi para download deve acontecer em breve. Conforme conta o vocalista e guitarrista da banda, Ian Mackaye (que também toca no <a href="http://www.dischord.com/band/evens">The Evens </a>com sua esposa Amy Farina), o projeto possui mais de 900 (!!) shows e, devido a esta enorme quantidade de material, o lançamento deva acontecer entre o próximo verão (americano) e o resto deste ano. “Tivemos que converter, masterizar e editar quase 1000 shows!”, enfatiza.<br />Para saber mais detalhes do projeto, que não está sendo nada barato para concretizá-lo [e por isso, provavelmente, seja cobrado para poder baixá-los], entrevistamos Ian Mackaye via e-mail (uma exceção dada gentilmente por ele, já que não costuma dar entrevistas por este meio).<br />Mackaye conta aqui como está esse processo, o que pensa sobre o Facebook, download de músicas e sobre a tão especulada volta do Fugazi.<br /><br /><strong>Por que o Fugazi resolveu lançar seus arquivos ao vivo para download via internet?<br /></strong>Temos um grande número de gravações de shows e seria insano fazer cópias de cada um. A internet e o áudio digital tornou isso possível, de uma forma até inimaginável. Conseguimos editar até shows da época em começamos a gravá-los em 1990.<br /><br /><strong>Serão apenas arquivos de vídeo ou de músicas também?<br /></strong>O projeto começará apenas com as performances ao vivo, mas acredito que em algum momento nós teremos que considerar também o lançamento de algumas demos antigas. Vai depender do interesse e reação das pessoas.<br /><br /><br /><strong>Qual sua opinião sobre disponiblizar as músicas para download na internet? E o que você acha sobre o futuro da indústria fonográfica com isso?<br /></strong>No geral eu sou a favor do compartilhamento de arquivos, mas em algum momento as pessoas terão que decidir se eles vão querer ouvir música dessa forma. Se quiserem, então elas terão que estar preparadas para ajudar a dividir os custos de estúdio se quiserem que as bandas continuem/sobrevivam. Elas terão que estar preparados para dividir os custos para a existência de uma banda.<br /><br /><strong>Esta forma de se obter música (download free) causou algum impacto na Dischord Records*?<br /></strong>Acredito que sim, mas sinceramente há muito pouco que possa fazer sobre isso.<br /><br /><strong>E o que você pensa sobre mídias sociais, como Facebook, Twitter, etc. Recentemente você me disse que a comunidade do Fugazi e da Dischord no Facebook, por exemplo, não foi criada por vocês. Você gosta deste tipo de mídia?<br /></strong>Eu não gosto do fato de que se alguém não estiver registrado nesses serviços, ela não terá acesso a certas informações. O fato de eu não ser um membro do Facebook, por exemplo, me faz sentir excluído de uma série de eventos por eu não receber os convites por meio da rede. Algo não está certo nisso.<br /><br /><strong>E sobre o Fugazi? Está ainda totalmente parado ou vocês estão trabalhando em algum projeto especial ou com outras bandas paralelas? [com a notícia do lançamento dos shows do Fugazi para download rolou especulações [esperança] de que o Fugazi voltaria à ativa]<br /></strong>Amy e eu continuamos tocando no The Evens, mas não fizemos nenhuma tour nos últimos anos, porque tivemos um filho em 2008, e logo quando voltaríamos à ativa no verão do ano passado, nós tivemos alguns falecimentos em nossas famílias o que nos manteve em casa. Esperamos começar as viagens novamente este ano. Vamos aguardar... Já o Fugazi continua em seu indefinido hiato, por isso não há como dizer se iremos tocar novamente ou não. Estamos em constante contato. Estive com Brendan ontem à noite, e amanhã [entrevista dada dia 02 de março] estarei com Guy [Picciotto] em uma <a href="http://www.washingtoncitypaper.com/articles/40445/instrument-at-the-national-gallery-of-art-february-27">exibição de Instrument Video aqui DC </a>. Nós continuamos conectados.<br /><br /><span style="font-size:85%;">*Ian Mackaye fundou a Dischord Records ainda adolescente, em 1980, com o parceiro Jeff Nelson. A intenção original era simplesmente produzir um single para documentar sua primeira banda chamada Teen Idles. Hoje, o selo já lançou músicas de mais de 60 bandas, e mais de 160 álbuns em todos esses anos. </span><br /><br /><span style="font-size:85%;"><br /><br /></span><strong>Fugazi Live Series<br /></strong>Enquanto os shows em vídeo ainda não ficam prontos, os fãs podem matar um pouco a vontade via o CD com músicas de shows que o Fugazi fez em diversos países. O material pode ser encontrado no <a href="http://www.dischord.com/news/409/2011/3/fugazi-live-series-cds-winding-down">site da Dischord </a>tanto em forma digital como para compra do CD. Tem material de um dos primeiros shows do Fugazi no Brasil, em 1994, em Curitiba (PR). </div><br /><br /><br /><iframe title="YouTube video player" width="480" height="390" src="http://www.youtube.com/embed/RxpZ_fb6B3I" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>Done Zinehttp://www.blogger.com/profile/01795430017929144775noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6674541327499094356.post-48711587008879659042011-01-31T16:26:00.000-08:002011-01-31T16:36:51.562-08:00Redes sociais: um mundo real em evoluçãoHoje o post não é sobre música, rock e afins. Estar conectado neste universo virtual é extremamente interessante. O fato de que milhões de pessoas acordam e conectam suas mentes/máquinas unindo uma às outras me parece muito mais que uma evolução sistêmica. Alguém pede mais amizades reais e menos virtuais. O real, claro, é sempre melhor. Mas também é interessante o contato, mesmo que mínimo desses virtuais. Sem esse meio não haveria nenhum contato. É estranho falar isso aqui, mas as coisas evouluem de uma forma fora de controle. Acabado de assistir Rede Social (fantástica história) e isso com certeza está influenciando esta escrita. A quem não assistiu, assista!Done Zinehttp://www.blogger.com/profile/01795430017929144775noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6674541327499094356.post-57292252442212484962010-10-26T18:23:00.000-07:002010-10-26T18:33:05.990-07:00Alive!! Venus Volts, Wry, Messias<div>Faz tempo. Faz séculos, talvez milênios... não, não... foram apenas alguns meses, talvez um ano.. não sei ao certo, deu pra perceber... mas sometimes i get to feelling... é isso.. preciso mais que isso... nos anos 90 existiu um grupo de hardcore, em São Paulo, chamado Intense Manner of Living (IML), discípulos de Fugazi. Intenso. Vivo. É isso.<br />Esta não era para ser uma escrita de música... mas tudo corre pra ela. Então vamos a ela...<br />Nos últimos meses recebi alguns materiais para serem ouvidos, e os que mais gostei são (é verdade, estou bem atrasada com as notícias... mas vai lá):</div><div><br />1. Projeto Solo de Messias (brincando de Deus) > intenso, rebuscado, obra de arte. Três discos (CDs) em um compilado chamado “Escrever-me, Envelhecer-me, Esquecer-me". Acho que estamos na mesma idade e com sentimentos parecidos... escrever-me, envelhecer-me, esquecer-me. Resilence em <a href="http://messias.ning.com/page/download-1">http://messias.ning.com/page/download-1</a><br /><br />2. Venus Volts > Quando todos comentavam que eles tinham acabado, eles surgem com algo... Intenso. “Venus Volts Is Dead?” ... So Alive.</div><div> </div><div> </div><div></div><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 200px; DISPLAY: block; HEIGHT: 134px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5532531594214520594" border="0" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_yNt2WmQdNjA/TMeALB3INxI/AAAAAAAAAK4/jltk-NCur2A/s200/venus+volts_baixa.jpg" /><br /><a href="http://www.rocknbeats.com.br/2010/07/22/venus-volts-lanca-album-oficial-pelo-rock-n-beats-baixe-gratuitamente">http://www.rocknbeats.com.br/2010/07/22/venus-volts-lanca-album-oficial-pelo-rock-n-beats-baixe-gratuitamente</a><br /><br />3. Wry > Saudoso. Choroso. Perfeito. Maravilhoso. Minha vida intensa. Evisceration > <a href="http://www.asteroid.art.br/wry/Wry_National_Indie_Hits_2010.zip">http://www.asteroid.art.br/wry/Wry_National_Indie_Hits_2010.zip</a><br /><br />I just wanna stay alive!Done Zinehttp://www.blogger.com/profile/01795430017929144775noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6674541327499094356.post-91624975286477841432010-07-18T08:31:00.000-07:002010-07-19T10:16:30.812-07:00Muito velha para este novo rock´n´rollLet´s get a happy... Buenas?<br />Quando criei o Done, em papel e já alguns anos, seu objetivo sempre foi o de falar apenas das bandas que gostava e que achava interessante divulgar. Nunca tive a pretensão de criá-lo para ser um espaço para crítica musical, algo já existente amplamente por este Brasil afora realizada por jornalistas culturais muito mais experientes e "sabidos" do que eu.<br />A idéia, portanto, era o objetivo primáro de um fanzine, assim, como o próprio nome diz "revista de fã". E assim foram várias as matérias e entrevistas publicadas.<br />Aqui mesmo neste espaço virtual também não houve grande comentários no tom crítico a algum trabalho que não tenha gostado. Mas hoje vou abrir uma exceção. Não para fala mal, mas sim para fazer um comentário.<br />Ganhei um convite para ir a festa do pessoal do <a href="http://www.rocknbeats.com.br/">Rock´n´Beats </a>[muito obrigada! parabéns, festa bacana], no Bar do Zé, para assitir aos shows de The Name e The Holger.<br />Beleza...casa cheia, pessoal animado, e aí sobe The Name ao palco. Musicalmente perfeito. Baterista, um dos melhores que já vi nos últimos tempos. Mas, tudo, tudo, tudo muito previsível. A banda tem punch musical, mas o espírito rock´n´roll não mora ali. Também com a banda Holger - embora com uma variedade sonora um pouco mais afinada que a primeira. Em alguns momenos até me movi um pouco... mas não conseguiram me fazer sorrir [mês passado, no show do <a href="http://www.myspace.com/thehumantrash">Human Trash</a>, embora propostas diferentes, sorri do início ao fim - o espírito do rock mora com eles].<br />Como disse um amigo, "nunca saí de um show antes de terminar a última música, mas nestes ver a primeira e a última era a mesma coisa".<br />Tudo bem... o que minha opinião importa para bandas que estão sendo consideradas por mídias especializadas como a maior sensação musical do momento? Nada, é verdade.<br />Mas fica aqui um registro e um toque a essa nova geração "rock strokes". Tentem ver o espírito rock´n´roll em suas bandas. Aquele que faz você enxergar que tem pessoas tocando por máxima expressão de arte. Ou mesmo, como diria ET (Muzzarelas), apenas pela diversão e cerveja. Mas não aquele que apenas um e outro que toca super bem seus instrumentos, e que faz piadinhas forçadas no meio do show se achando rockeiro. Um show de rock é muito mais que tudo isso.<br /><br />Talvez, muitos poderão dizer, já estou muito velha para este novo rock´n´roll. E é verdade.<br /><br />(P.S.: Fui barrada ontem por um segurança 4x4 de entrar na pista de dança só porque as bandas estavam passando o som. Será que elas estão tão profissionais que não permitem se deixar ver nessa situação? Mas olha... já vi passagens de som de gente muito mais profissional e famosa que essas duas bandas... em bares ou em grandes casas de show (e como pessoa comum, do público/não como jornalista)... sei lá...coisas do rock moderno...rs)Done Zinehttp://www.blogger.com/profile/01795430017929144775noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6674541327499094356.post-1510458807807366382010-05-18T17:40:00.000-07:002010-05-18T17:46:14.305-07:00Messias faz show de lançamento em SP, amanhã (19/05)Quem quiser conhecer ao vivo o trabalho solo de<br />Messias (vocalista da banda indie baiana brincando<br />de deus), pode começar pelo show de lançamento que acontece em<br />São Paulo (SP), amanhã (19/05), no<br />Studio SP.<br />Messias, que junto ao brincando de deus é uma das<br />pessoas referência dentro da história do indie rock<br />Brasil, foi ousado - lançou um cd triplo intitulado<br />"escrever-me, envelhecer-me, esquecer-me" (um<br />título para cada disco). Além de CD, o álbum também<br />poderá ser encontrado em MP3, CD,<br />vinil e cassete, com 32 músicas sob registro de<br />Creative Commons.<br />As composições (em português e inglês) foram formadas<br />a partir de paisagens sonoras e textos pessoais, mesclados<br />a gravações de estúdio, passagens em casa, no carro,<br />em bares da cidade ou via celular.<br />Diverso sem ser eclético, Messias faz uma tentativa pessoal:<br />conferir sofisticação a um coração lo-fi. Assim,<br />guitarras, programação, efeitos e cordas delineiam<br />seu trabalho atual.<br />Além de São Paulo, o show lançamento acontece<br />também em Belo Horizonte, no A Obra, dia 20/05, e<br />ainda em Salvador, dia 29, no Espaço Cultural da<br />Barroquinha.<br /><br /><span style="font-size:85%;"><strong>Serviço:<br /></strong>São Paulo<br />19 maio 2010 de 21:00 a 23:00 – Studio SP<br /></span><br /><span style="font-size:85%;">Belo Horizonte<br />20 maio 2010 de 18:00 a 19:00 – A Obra<br /><br />Salvador<br />29 maio 2010 de 21:00 a 23:00 – Espaço Cultural da Barroquinha<br /><br /><br /><br /></span><span style="font-size:85%;"></span>Done Zinehttp://www.blogger.com/profile/01795430017929144775noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6674541327499094356.post-6382491582854444912010-05-18T17:34:00.000-07:002010-05-18T17:37:38.898-07:0030 anos sem vocêQue a vida se torne vida, e que a essência de sua essência continue ecoando em nossos ouvidos através dos tempos, através da voz. Que Deus esteja te iluminando. Que o amor não nos separe mais...Done Zinehttp://www.blogger.com/profile/01795430017929144775noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6674541327499094356.post-49057139552932244692010-05-18T17:30:00.000-07:002010-05-18T17:34:34.853-07:00Presente, passado e futuro do The FallO texto abaixo foi escrito por mim para o site <a href="http://www.rocknbeats.com.br/2010/05/18/our-clutter-passado-e-futuro-do-the-fall/">Rock´N´Beats</a>, e o reproduzo aqui também.<br />-----------------------------<br /><br />Olhando uma imagem atual de Mark E. Smith, líder do The Fall em todos os sentidos, vejo em suas rugas o que podem o tempo e as drogas fazer com a aparência de uma pessoa. Mas não está estampada ali a genialidade que essa teve em sua vida de rock temperado a muitas, muitas drogas. Não estou aqui fazendo nenhuma apologia a elas (longe disso), mas não dá para falar de The Fall – uma das mais importantes bandas da história do rock da Inglaterra, mais precisamente Manchester -, sem associar sua crueza pós-punk e suas letras repletas de ironias e alucinações às centenas de anfetaminas, ácidos, entre outras, experimentadas.<br /><br />É uma imagem de uma pessoa acabada, mas com um ar de deboche típico do Fall. É como se ele dissesse “Haha, seus otários! Eu continuo vivo, apesar de toda a merda que já fiz na vida. E melhor… fazendo rock como sempre fiz: cru, simples e perfeito”. São quase trinta álbuns em sua carreira inteira (quase um por ano de existência), que incluem centenas de regravações, reedições especiais, etc, etc, etc. Dizem que quem quiser acompanhar a discografia completa do Fall precisa ser rico e não ter o que fazer, pois é algo realmente gigante. E para aumentar esse número e estilo, o Fall chega em 2010 visceral e altamente energético com o álbum Your Future Our Clutter, lançado dia 26 de abril na Inglaterra, pela gravadora <a href="http://www.dominorecordco.com/artists/the-fall/">Domino</a> (a mesma de The Kills e Arctic Monkeys).<br /><br />Em tradução literal, “seu futuro, nossa confusão”, o título traz um Fall como se não tivesse saído dos anos 70 com gravações de fita cassete (bálsamo!), guitarras e riffs em repetição, baixões pesados, órgãos compondo a cena e o vocal “falado” de Mark E. Smith simples e eficiente. Assim são as músicas Showcase e Slippy Floor. Mas, pra confundir um pouco a referência, ao mesmo tempo traz elementos do rockabilly ou mesmo surf music (!!!), a origem do rock, vai!, em Cowboy George e Hot Cake.<br /><br />Wheather Report 2 e Bury parts 1 & 3 são imperdíveis para quem quiser ter uma noção de como era o Fall nos anos 70. Bury é a segunda música do álbum, mas na verdade é uma música em três partes. Mas, mais verdade ainda: é a mesma música tocada três vezes, como uma espécie de “evolução”. A primeira é a música tirada diretamente de um cassete. A segunda parte, mais bem gravada em sua parte instrumental puramente (sem os vocais) e a terceira, a finalização, com ela completa e gravada com todos os seus devidos canais.<br /><br />“Eu comecei essa música quando estava na cadeira de rodas e tinha acabado de quebrar minhas pernas…Então, ela é como ‘eu na cadeira de rodas’, eu ‘quase em pé’ e eu ‘de pé’ novamente”, comenta Smith, no site da gravadora.<br /><br />Como visto, Mark E. Smith não é o tipo de cara que se abate facilmente. Em pé ou sentado, a genial simplicidade de suas músicas sempre vai existir e qualquer sacada ao redor pode virar letra. Como tem sido desde o tempo em que ele trabalhava nas docas de Manchester. Your Future Our Clutter dá a pista desse presente, e também do passado e futuro do Fall.Done Zinehttp://www.blogger.com/profile/01795430017929144775noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6674541327499094356.post-71257047451290810722010-05-14T17:00:00.000-07:002010-05-14T17:01:55.525-07:00SangueSangue... símbolo da essência humana. Fertilidade para uns, morte para outros. Ciclo da vida - purificação...Done Zinehttp://www.blogger.com/profile/01795430017929144775noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6674541327499094356.post-64243995512144800992010-04-24T10:13:00.000-07:002010-04-24T10:18:13.870-07:00mudançaLi esta semana a história de um certo cartunista, que já esqueci quem, comentando em entrevista à Folha de São Paulo que ouvir Nevermind do Nirvana mudou sua vida. Imagino de quantas pessoas também. Lembro que estava na casa da Dani ouvindo rádio no quarto do Gustavo, provavelmente a 89 FM (na época, uma rádio rock) e que Smells like teen spirit vibrou em nossos ouvidos e entrou em nossos corpos fazendo nos movimentar. Lembro do tapete colorido onde estávamos sentadas e que depois se tornou apenas apoio para nossos pés que saltavam de alegria.Done Zinehttp://www.blogger.com/profile/01795430017929144775noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6674541327499094356.post-20403441974267565772010-03-28T14:54:00.001-07:002010-03-28T14:58:40.610-07:00Éramos três, e ainda somosQue o vazio da distância entre nós não quebre a linha que une nossos corações e almas, que a força de nossos desejos seja nosso guia em busca de um mundo melhor, de continuarmos sendo três e acreditando no amor.<br /><br />"Vamos lá, tudo bem!<br />Eu só quero me divertir<br />Esquecer dessa noite<br />Ter um lugar legal prá ir...<br /><br />Já entregamos o alvo<br />E a artilharia<br />Comparamos nossas vidas<br />E esperamos que um dia<br />Nossas vidas<br />Possam se encontrar..."<br />(Teatro dos Vampiros)<br /><br />"And all my time,<br />Is yours as much as mine"<br />(Vapour Trail)<br /><br />"Oh I'll break them down, no mercy shown<br />Heaven knows, it's got to be this time,<br />Avenues all lined with trees,<br />Picture me and then you start watching,<br />Watching forever, forever,<br />Watching love grow, forever,<br />Letting me know, forever"<br />(Ceremony)Done Zinehttp://www.blogger.com/profile/01795430017929144775noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6674541327499094356.post-91899649621351154392010-03-20T18:17:00.000-07:002010-04-11T18:17:06.540-07:00Shoegaze por Rafael Martins (duplamente)Rafael Martins, meu fiel escudeiro de Donezine, em sua vida acadêmica precisou fazer um exercício de radiojornalismo, em que ele deveria entrevistar uma colega de classe e vice-versa. A idéia seria ele falar do movimento Shoegaze e a colega dele de yorkshire. Algo do tipo "falar daquilo que você conhece" (pelo menos um pouco). E ele me enviou, perguntando minha opinião... Porque na verdade, na verdade... quem fez todas as perguntas foi ele próprio. E o mesmo também respondeu às perguntas.<br />Ao enviar a tal entrevista comentou: "Foi um exercicio de rádio jornalismo...Um aluno entrevistando o outro...uma menina me entrevistou como se eu fosse um especialista em shoegaze ...e eu entrevistei essa menina, uma especialista em...yorkshire (?!?!?!)...heheheeh...Mas e aí minha definição de shoegaze está correta????hehehehe".<br /><br />É, Rafa, a definição está muito boa. E a entrevista com você, feita por você mesmo (rss) também. Aqui segue o resultado "virtual".<br /><br />Com vocês, uma definição de shoegaze por Rafael Martins duplamente (na íntegra sem nenhuma revisão, intervenção ou corte):<br /><br />BOM, PARA COMEÇAR RAFAEL, O QUE É SHOEGAZE?<br /><br />R - SHOEGAZE É UM ESTILO MUSICAL QUE SURGIU NA GRÃ BRETANHA NA VIRADA DOS ANOS 80 PARA OS 90. EM TERMOS DE SOM, SÃO BANDAS COM INFLUÊNCIA DO ROCK PSICODÉLICO DOS ANOS 60 COMO THE DOORS, VELVET UNDERGROUND, BEATLES, PINK FLOYD, ENTRE OUTRAS. PORÉM, COM AS GUITARRAS MUITO MAIS ALTAS E DISTORCIAS, O BARULHO CHEGA À UM PONTO QUE NÃO DÁ PARA DEFINIR UM INSTRUMENTO DO OUTRO E AO CONTRARIO DA MÚSICA POP, OS VOCAIS NÃO FICAM A FRENTE DO INSTRUMENTAL E GERALMENTE SÃO MUITO BAIXOS E ESTÉREOS, O QUE CONTRASTA COM TODA BARULHEIRA PRODUZIDA PELOS INSTRUMENTOS.<br /><br /><br />NUMA TRADUÇÃO LIVRE PARA O PORTUGUÊS, SHOEGAZE SIGNIFICA ALGO COMO “CONTEMPLAR AS PONTAS DO SAPATO” OU “OLHAR PARA AS PONTAS DOS PÉS”...NÃO É UM NOME ESTRANHO PARA UM ESTILO MUSICAL?<br /><br />R - DE FATO É, MAS TEM UM POR QUE. ORIGINALMENTE O TERMO FOI UTILIZADO PARA DESCREVER UM SHOW DA BANDA MOOSE EM QUE O VOCALISTA RUSSEL YATES COLOCOU AS LETRAS DAS MÚSICAS GRUDADAS NO CHÃO ENQUANTO O GUITARRISTA K.J. MCKILLOP, QUE POSSUIA VARIOS PEDAIS DE DISTORÇÃO FICAVARAM BOA PARTE DO SHOW OLHANDO PARA BAIXO. O QUE APARENTEMENTE DESMONSTRAVA CERTA INDIFERENÇA DE BANDA COM O PÚBLICO. LOGO OS SEMANÁRIOS BRITÂNICOS COMO NEW MUSIC EXPRESS E MELODY MAKER COMEÇARAM A USAR O TERMO SHOEGAZE PARA DESCREVER A NOVA GERAÇÃO DE BANDA QUE SURGIA NA ÉPOCA, E A PARTIR DAÍ ESSA ATITUDE FOI ENCARADA COMO POSTURA DE PALCO PELAS DEMAIS BANDAS<br /><br /><br />O ENGRAÇADO É QUE TAMBÉM EXISTEM OUTROS TERMOS PARA DEFINIR O ESTILO...<br /><br />R - SIM. TALVEZ O MAIS ESTRANHO DE TODOS SEJA THE SCENE THAT CELEBRATES ITSELF OU “A CENA QUE CELEBRA A SI MESMA”, ISSO PORQUE HAVIA CERTA UNIÃO ENTRE AS BANDAS, ALÉM DE UMAS SEREM O PÚBLICO DE OUTRAS. MAS HÁ A EXPRESSÃO BAGGY PARA AS BANDAS MAIS DANÇANTES E CRUSTIES PARA AS MAIS PUNK, MAS TALVEZ OS MAIS GÉNERICOS SEJAM INDIE ROCK E NOISE POP. MAS O PÚBLICO AINDA PREFERE SHOGAZE OU SHOEGAZING.<br /><br /><br />É INTERESSANTE TAMBÉM NOTAR QUE NA CENA SHOEGAZING, NOISE POP...QUE SEJA...EXISTEM MUITAS MULHERES EM BANDAS. HÁ QUE SE DEVE ISSO?<br /><br />R - BOM, NÃO HÁ UMA RAZÃO ESPECIFICA QUE EXPLIQUE ISSO. A PARTIR DO PUNK ROCK NO FINAL DOS ANOS SETENTA COMEÇOU A SER MAIS COMUM VER BANDAS COM GAROTAS E AO LONGO DOS ANOS OITENTA ISSO CONTINUOU DENTRO DO ROCK ALTERNATIVO, SEJA NOS ESTADOS UNIDOS OU NA GRÃ BRETANHA. OUTRO FATOR QUE TALVEZ EXPLIQUE ISSO, É QUE NÃO SÓ O SHOEGAZE, MAS COMO NA MAIORIA DAS VERTENTES DO ROCK ALTERNATIVO, AS BANDAS TÊM SUA ORIGEM EM UNIVERSIDADES, OU SEJA, UMA CLASSE SUPOSTAMENTE MAIS INSTRUÍDA QUE RECONHECE O VALOR DA MULHER QUANTO CIDADÃ. MAS AO CONTRARIO, POR EXEMPLO, DO MOVIMENTO RIOT GRRL, QUE ROLAVA NA MESMA ÉPOCA NOS ESTADOS UNIDOS, AS BANDAS SHOEGAZE NÃO TINHAM UMA POSTURA POLÍTICA.<br /><br /><br />VOCÊ PODE CITAR ALGUMAS...<br /><br />R - E SÃO VÁRIAS AS BANDAS COM GAROTAS: MY BLOODY VALENTINE, SLOWDIVE, LUSH, BLEACH, SILVERFISH, CURVE, ENTRE OUTRAS.<br /><br />POR QUE A MAIORIA DAS BANDAS TEM O NOME CURTO?<br /><br />R - É OUTRA CARACTERISTICA DO ESTILO QUE NÃO POSSUÍ UM PORQUE PROFUNDO. É APENAS UMA QUESTÃO ESTÉTICA. AS PRIMEIRAS BANDAS A SE DESTACAREM COMO MOOSE, RIDE, VERVE, LUSH POSSIAM NOMES CURTOS E AS BANDAS QUE SURGIRAM POSTERIORMENTE APENAS SEGUIRAM ISSO COMO MODA.<br /><br /><br />QUAIS SÃO OS DISCOS ESSENCIAS PARA SE ENTENDER O ESTILO?<br /><br />R - ANTES DE ENTENDER O SHOEGAZE COMO ESTILO MUSICAL, É INTERESSANTE VER O QUE INFLUENCIOU ESSAS BANDAS. SE PENSARMOS NOS AOS SESSENTA PODEMOS CITAR O PRIMEIRO DISCO DO VELVET UNDERGOUND, O REVOLVER DOS BEATLES, O PRIMEIRO DO THE DOORS E O THE PIPER AT THE GATES OS DAWN DO PINK FLOYD. OUTROS DISCOS IMPORTANTES PARA A INFLUENCIA DO GÊNERO, MAS JÁ NOS ANOS OITENTA SÃO O TREASURE DO COCTEAU TWINS, O PYCHO CANDY DO JESUS AND MARY CHAIN E O ISN´T ANYTHING DO MY BLOOD VALENTINE. JÁ DIRETAMENTE SOBRE O SHOEGAZE, O MY BLOODY VALENTINE COM O LOVELESS E O JESUS AND MARY CHAIN COM O HONEY´S DEAD TAMBÉM SÃO REFERENCIAS, ALÉM DO NOWHERE DO RIDE, O JUST FOR A DAY DO SLOWDIVE, EVERYTHING´S ALRIGHT FOREVER DO BOO RADLEY E O SPOOKY DO LUSH.<br /><br /><br />AINDA QUE ESSA CENA MUSICAL TENHA TIDO SEU AUGE EM 91,92,93, ANTES DA METADE DAQUELA DECADA JÁ NÃO SE OUVIA FALAR NELA. O ACONTECEU?<br /><br />R - É PRECISO QUE SE ENTENDA QUE O MEIO MUSICAL ALÉM DE ARTE, É UM MEIO DE ENTRETENIMENTO E POR ISSO UMA ATIVIDADE COMERCIAL. AINDA QUE SE TRATE DE UM ESTILO QUE SE DISTANCIE DE OUTROS GENEROS VOLTADO PARA GRANDE MASSA, O ARTISTA NÃO PRODUZ UM DISCO APENAS PARA EXPRESSAR SEUS SENTIMENTOS E OPINIÕES, MAS UM PRODUTO PARA SER COMERCIALIZADO. ASSIM, DE GERAÇÃO EM GERAÇÃO O MERCADO VAI SE ADEQUANDO AS TENDENCIAS. ENTÃO, NOS ANOS 40 TINHAMOS O BEBOP, NOS ANOS CINQUENTA O ROCK N´ROLL, NOS ANOS SESSENTA O POWERFLOWER, NOS ANOS SETENTA O PUNK ROCK, NOS OITENTA O POST PUNK, O HARDCORE, NOS NOVENTA O SHOEGAZE E TAMBÉM O GRUNGE E NO SÉCULO VINTE TEMOS O CHAMADO NOVO ROCK E O EMO.<br />MAS MAIS IMPORTANTE É PERCEBER QUE UM ESTILO NÃO ACABA SIMPLESMENTE POR QUE NÃO ESTÁ MAIS NA MODA.<br /><br /><br />INCLUSIVE HOJE TEMOS O NU GAZE...<br /><br />ISSO, E QUE NA VERDADE NÃO É NADA MAIS DO QUE BANDAS QUE CRESCERAM OUVINDO AS BANDAS NO INICIO DOS ANOS NOVENTA.<br /><br /><br />MAS AGORA O ESTILO MAIS AMPLO?<br /><br />R - ESTÁ MAIS AMPLO NO SENTIDO QUE AS BANDAS HOJE NÃO VÊEM APENAS DA GRÃ BRETANHA. TEM SURGIDO MUITA BANDA BOA DE NOVA YORK COMO A PLACE TO BURY STRANGERS E CRYSTALS STILTS . O GLISS DE LOS ANGELES. E TAMBÉM DA GRÃ BRETANHA, COMO OS IRLANDESES DO SWEET JANE. MAS PRINCIPALMENTE DE OUTROS LUGARES DO MUNDO COMO, A POLONESA SALUMINESI., DOUGLAS HEART DA SUECIA. ASALTO AL PARQUE ZOOLOGICO DA ARGENTINA. O THE SOUNDSCAPES, QUE UMA BANDA PAULISTA RADICADA EM NOVA YORK E O RADIARE AQUI DE CAMPINAS. FORA JAPÃO, FILIPINAS, MEXICO.<br />MAS ACIMA DE TUDO O PÚBLICO PRECISA ENTENDER QUE ESSE RÓTULOS: INDIE ROCK, SHOEGAZE, GRUNGE E ATÉ EMO, SÃO UMA FORMA DO JORNALISTA DESCREVER UM DETERMINADO ESTILO MUSICAL E QUE ESSES TERMOS NA VERDADA NÃO SIGNIFICAM NADA.Done Zinehttp://www.blogger.com/profile/01795430017929144775noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6674541327499094356.post-54868484616508113222010-02-20T05:24:00.000-08:002010-02-20T05:33:47.779-08:00Referência para o indie rock<em>Midsummer Madness completa 21 anos de serviços prestados a música brasileira</em><br /><br /><em><span style="font-size:85%;">por Rafael Martins</span></em><br /><br />A carência de espaço para música independente no Brasil é notória, especialmente o rock que não é um gênero de massa. Mas se para muitos este fato é uma dificuldade, para Rodrigo Lariú, idealizador do selo Midsummer Madness [que teve início como um fanzine], isto significa oportunidade. Assim, em 2010 o selo carioca completa 21 anos, uma maioridade de serviços prestados a música brasileira ostentando o título de referência para o indie rock.<br /><br />Ao contrário de segmentos mais populares da indústria fonográfica, o cenário de música underground ainda é cercado pela áurea de arte legítima, que não fora corrompida pelo mercado. Exageros à parte, bandas e selos que abastecem esse segmento, ainda que pequeno, possui consumidores fieis e ávidos por novidades.<br /><br />Com este prestígio Lariú vem desde o fim dos anos 80 descobrindo e lançando novas bandas pelo seu selo Midsummer Madness. Um trabalho de certa forma artesanal, pois cada lançamento tem um tratamento único e também heróico, afinal a recompensa financeira nem sempre é satisfatória.<br /><br />“Nossa preocupação nº 01 é com a boa música. Se a banda será sucesso de público e crítica ou terá muitos downloads, pra gente é secundário, ou melhor, é consequência” diz Rodrigo. Com esse espírito, bandas como a Pelvs do Rio de Janeiro, a campineira e finada Astromato e The Gilbertos do jornalista Thomas Pappon, ex-integrante do Fellini, tiveram material lançado e distribuído em território nacional.<br /><br />Todas as mudanças na forma de comercializar a música que o mercado fonográfico vem enfrentando nas últimas duas décadas atingiram também o selo. De início eram lançados apenas fitas-demo (fitas cassete muitas vezes com baixa qualidade sonora), evoluindo para o CD e SMD (semi metálica disco, formato semelhante ao CD, porém com custo inferior) e agora com faixas disponibilisadas em MP3 no site <a href="http://www.mmrecords.com.br/">http://www.mmrecords.com.br/</a> para download.<br /><br />Ainda sim isto não parece preocupar Lariú que afirma: “Nós vamos melhorar cada vez mais nosso site, testar novas plataformas e maneiras on line de abastecê-lo, para melhorar cada vez mais a comunicação com nosso público que está 99% na internet. Por enquanto, continuaremos a lançar CDs e SMDs e voltaremos a lançar vinil. Até o momento em que isso se tornar absolutamente inviável”.<br /><br /><div align="right"><span style="font-size:78%;">Foto: site Midsummer Madness</span></div><p align="left"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 301px; DISPLAY: block; HEIGHT: 155px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5440317008008861314" border="0" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_yNt2WmQdNjA/S3_jfqfiVoI/AAAAAAAAAKg/aaROPTcqpgg/s320/Foto+Pelvs.jpg" /></p><p align="center"><em><span style="font-size:85%;">Banda Pelvs: um dos grandes sucessos do indie rock nacional</span></em></p>Done Zinehttp://www.blogger.com/profile/01795430017929144775noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6674541327499094356.post-5783199791838638802010-01-19T17:37:00.000-08:002010-01-19T17:57:24.061-08:0020 anos de The Ride EP + Creation + Telescopes + ShoegazingOh, <a href="http://www.creation-records.com/">Creation!</a> Tão amada e tão odiada. Mas por meio de seus meios - justificados ou não - nossos ouvidos conseguiram ganhar diversos carinhos em formas de guitarras distorcidas. Foram algumas bandas do movimento shoegaze (ou shoegazing, como preferir) e que neste mês (janeiro/2010) é completado 20 anos de nascimento de um dos mais importantes discos de sua história: The Ride EP (pelo selo Our Price; a Creation aconteceria mais tarde).<br /><br />Para comemorar o fato, uma reunião que muitos não acreditavam ser possível [César, estamos quase fazendo ressuscitá-los, não? rs]: Steve, Andy, Marky e Loz estiveram juntos e deram uma entrevista para a <a href="http://nightshift.oxfordmusic.net/2010/jan.pdf">Nightshift - Oxford´s Music Magazine</a>.<br /><br />"O debut da gravação das quatro primeiras músicas do Ride em EP abriram as portas musicais de Oxford para uma outra dimensaão. Sem o sucesso desse EP e da banda as histórias de Radiohead, Supergrass, Foals e outras seriam bem diferentes", comenta os editores da revista.<br /><br />Sempre digo que se o Ride não tivesse parado suas atividades, teria se tornado a maior banda de todos os tempos.<br /><br />Assim, deixo aqui meu recado... como um colega, amigo, conhecido (sei lá...) escreveu no guestbook da banda:<br />"O Ride é uma das coisas mais bonitas que já ouvi".<br /><br />Ou como uma outra pessoa escreveu no site da Creation:<br /><span style="font-size:130%;">"Thanks, Ride, for all you were".<br /></span><br />-------------<br /><br />E por falar em movimento shoegaze, o Zé Antônio (ex-Pin Ups), em seu <a href="http://mtv.uol.com.br/pubblog/blog/shoegaze">Pub Blog (MTV) descreve um texto muito interessante</a> para quem que conhecer um pouco mais sobre este estilo de música. Ele deixa lá uma listinha de Cds, que considero alguns indispensáveis na vida de qualquer pessoa, e que reproduzo aqui:<br /><br />"Por falar em CDs, fiz uma listinha de 10 álbuns que, na minha opinião, ajudam a entender melhor essa história:<br /><br />My Bloody Valentine: Loveless (1991 – Creation Records)<br />Raise : Swervedriver (1991 – Creation Records/A&M))<br />Spiritualized: Lazer Guided Melodies (1992 - Dedicated)<br />Loop: Heaven's End (1987 - Head)<br />Ride: Nowhere (1990 – Creation Records)<br />Spectrum: Soul Kiss (1991 - BMG)<br />Spooky : Lush (1992 – 4AD)<br />Everything Alright Forever : The Boo Radleys (1992 – Creation Records))<br />Whirpool : Chapterhouse (1991 - Dedicated)<br />Souvlaki : Slowdive (1993 – Creation Records)"<br /><br />---------------------------------<br /><br />E por falar em Creation e shoegazers, abaixo seguem pequenos trechos de uma entrevista feita em 2003 com Stephen Lawrie, vocalista do Telescopes. A banda estava retornando suas atividades na época e Stephen conta o porquê da parada anterior:<br /><br /><em><span style="font-size:78%;">By Marcia Raele<br /></span></em><br />Perfect Needle e muitas outras músicas dos Telescopes fizeram uma trilha sonora de alguns momentos perfeitos da vida de muitas pessoas no início de 90. É difícil explicar como alguns timbres de guitarra um pouco mais distorcidos ou um pouco mais altos podem fazer com uma pessoa. [...]<br /><br /><strong>O que você acha de dar entrevista a um fanzine?</strong><br />Fanzines são legais, eu costuma escrever um, e então e eu fico sempre feliz de fazer entrevista com eles. Eles costumam ser bem mais honestos que o NME [New Music Express].<br /><br /><strong>Você já fez algum contato com fãs brasileiros?</strong><br />Nós recebemos um bocado de cartas e e-mails. É sempre bom escutá-los. E é bom saber que nossa música pode alcançar pessoas muito longe.<br /><br /><strong>Quais são as inspirações para as músicas? As letras são baseadas em experiências pessoais?<br /></strong>Inspiração é um estado de espírito para nós. Pode ser em qualquer lugar ou em nenhum lugar. Depende da maneira como estamos nos sentindo.<br /><br /><strong>The Telescopes ficaram seis anos parados. Por que esta parada e como foi o retorno? Conte como tem sido a recepção de “Third Wave” [o único trabalho após dez anos na época/2003]?<br /></strong>Eu coloquei o Telescopes na espera porque haviam muitas coisas no caminho e também muitas pessoas interferindo no grupo. A Creation queria hits, eu queria fazer música que tocassem mais a fundo as pessoas. Levou um longo tempo até eu criar um ambiente onde conseguisse atingir isto. “Third Wave” é nosso primeiro álbum em muito, muito tempo. Nós ficamos realmente surpresos pela reação das pessoas em relação a ele. Elas têm sido legais. Nós honestamente não sabíamos como as pessoas reagiriam.Done Zinehttp://www.blogger.com/profile/01795430017929144775noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-6674541327499094356.post-2090226733541280992010-01-05T16:38:00.000-08:002010-01-05T16:43:31.528-08:00Dias EstranhosComprei uma blusa listrada... uva e branca. Passei o ano novo em casa, quieta, apesar dos estrondos barulhentos dos fogos de artifício...não que não goste deles. Mas prefiro o barulho das minhas guitarras ensurdecedoras zumbindo dentro de meus ouvidos.<br /><br />E os dias passaram, passaram, passaram... mais uma chuva caiu... mais alguns corpos se foram. E o tempo novo que deveria trazer esperança, traz choro e lamentação. Aqui também. Não saber o que fazer é algo comum em muitos lugares. Como diria meu colega <a href="http://tramavirtual.uol.com.br/artista.jsp?id=6014">Armando</a>, o Vento Mudou de Direção...Done Zinehttp://www.blogger.com/profile/01795430017929144775noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6674541327499094356.post-84874928696298282832009-12-09T16:13:00.000-08:002009-12-09T16:18:02.665-08:00Londresincrivelmente isso foi escrito há exato um ano 9/12/2008 e agora o publico... para exorcizar<br /><br />...quando olho pra uma vitrine em londres e vejo a essência da cultura européia estampada nas paredes, e tudo o que essa figura pode provocar dentro de uma mente "brilhante", eu sinto vontade de chorar. eu queria poder estar lá e conversar com alguém ao meu lado que pudesse discorrer com propriedade sobre algumas nuances que essa cultura pode nos trazer... essa vontade de chorar é porque imagino algumas pessoas que poderiam estar ali ao meu lado (poucas - hoje precisamanete só gostaria que fosse uma), mas sei que não estarão. .. e que tudo não passa de mais uma ilusão em meu cotidiano... aquele sombrio e falso que criei.Done Zinehttp://www.blogger.com/profile/01795430017929144775noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6674541327499094356.post-69321937049611155192009-12-05T16:32:00.000-08:002009-12-05T16:34:58.956-08:00missioneu sou uma filha dos anos 80, nascida nos 70 e crescida ouvindo os anjos dos 80.. ela dança sobre a lua...com seus cabelos compridos, emaranhados com suas roupas pretas ou de seda com mangas bufantes... com seu chapéu e óculos escuros, correntes entrelaçando seus braços, com seu pescoço à mostra... com suas veias assumidamente latejantes... amando...meus cabelos compridos... onde eles estão? meus cachos e minha corrente com pinjente indígena. a lua... o lobo... o sonho... a alma pedindo clemência, um abraço e uma salvação. severina.Done Zinehttp://www.blogger.com/profile/01795430017929144775noreply@blogger.com2